segunda-feira, 18 de junho de 2012

Coração artificial sem pulso substitui o natural com sucesso


Três seres humanos e 50 bezerros estão usufruindo de um impressionante aparato tecnológico da medicina moderna: um coração artificial que deixa o paciente sem nenhum pulso, mas vivendo perfeitamente bem. Tal “órgão” não imita exatamente o funcionamento interno do coração, podendo ser classificado como um bombeador de sangue.
O aparelho foi desenvolvido por dois cientistas do Instituto Cardiológico do Texas, em Dallas (EUA). Este coração mecânico é capaz de fazer o sangue circular eficientemente, em uma corrente contínua, sem necessidade de pulsação para movimentá-lo.
A primeira máquina concebida para substituir o coração humano foi criada em 1982. Os primeiros modelos, de metal ou de plástico, enfrentaram uma limitação, que é a necessidade de um compressor de ar ligado ao corpo do paciente, para inflar e desinflar em um movimento que simula a pulsação.
Os mais modernos, tais como o HeartMate (“companheiro de coração”) II, foi mais além: era um dispositivo elétrico com ímãs acoplados em seu eixo. O eixo gira sobre um rolamento lubrificado pelo próprio sangue, e a energia provém de uma bateria. Mas este artefato também não substitui completamente o coração.
A novidade deste novo sistema, desenvolvido pelos cardiologistas americanos, é uma turbina que gira continuamente (em testes de laboratório, girou por oito anos sem demonstrar defeito). Ao invés de o paciente precisar ficar preso a um enorme sistema de balões infláveis, basta carregar uma pequena bateria sobre os ombros.
E a implantação deste novo coração artificial, que funciona a 10 mil rotações por minuto, tem uma curiosidade: foi só quando os cientistas o testaram com sucesso pela primeira vez, em um bezerro, é que descobriram que o animal ficava sem pulso.
Inicialmente, imaginaram que seria um problema. Mas acabaram descobrindo um trunfo, o fato de que um coração artificial não precisa imitar o funcionamento do verdadeiro para cumprir sua função. [Daily Tech]
Atualização: Encontramos este vídeo no NewScient.

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