Três seres humanos e 50 bezerros estão
usufruindo de um impressionante aparato tecnológico da medicina moderna: um
coração artificial que deixa o paciente sem nenhum pulso, mas vivendo
perfeitamente bem. Tal “órgão” não imita exatamente o funcionamento interno do
coração, podendo ser classificado como um bombeador de sangue.
O aparelho foi desenvolvido por dois
cientistas do Instituto Cardiológico do Texas, em Dallas (EUA). Este coração
mecânico é capaz de fazer o sangue circular eficientemente, em uma corrente
contínua, sem necessidade de pulsação para movimentá-lo.
A primeira máquina concebida para substituir
o coração humano foi criada em 1982. Os primeiros modelos, de metal ou de
plástico, enfrentaram uma limitação, que é a necessidade de um compressor de ar
ligado ao corpo do paciente, para inflar e desinflar em um movimento que simula
a pulsação.
Os mais modernos, tais como o HeartMate
(“companheiro de coração”) II, foi mais além: era um dispositivo elétrico com
ímãs acoplados em seu eixo. O eixo gira sobre um rolamento lubrificado pelo
próprio sangue, e a energia provém de uma bateria. Mas este artefato também não
substitui completamente o coração.
A novidade deste novo sistema, desenvolvido
pelos cardiologistas americanos, é uma turbina que gira continuamente (em
testes de laboratório, girou por oito anos sem demonstrar defeito). Ao invés de
o paciente precisar ficar preso a um enorme sistema de balões infláveis, basta
carregar uma pequena bateria sobre os ombros.
E a implantação deste novo coração
artificial, que funciona a 10 mil rotações por minuto, tem uma curiosidade: foi
só quando os cientistas o testaram com sucesso pela primeira vez, em um
bezerro, é que descobriram que o animal ficava sem pulso.
Inicialmente, imaginaram que seria um
problema. Mas acabaram descobrindo um trunfo, o fato de que um coração artificial
não precisa imitar o funcionamento do verdadeiro para cumprir sua função. [Daily Tech]
Atualização: Encontramos este vídeo no NewScient.
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