sexta-feira, 25 de maio de 2012

Declaração de Emanuel Matondo contra a recusa de prestar cuidado médico aos activistas feridos em Angola



Alemanha - Devido a recusa sistemática pelos alguns médicos angolanos, por razões políticas, de não prestar assistência médica aos feridos graves e "em estado altamente calamitoso", por serem jovens activistas pro-democracia e manifestantes pacíficos, Emanuel Matondo, autor-jornalista e activista dos direitos humanos angolanos, declara o seguinte:

Fonte: IAADH e.V. Club-k.net

Cada individúo, que se dedica de exercer a profissão de médico, deve em primeiro lugar ou antes de obter sua licenca pela pratica medical prestar o famoso "Juramento de Hipócrates", pelo menos no mundo ocidental ou nos paises civilizados. Então, muitos médicos angolanos ou professionais de saúde estudaram nos paises civilizados, onde o Juramento de Hipócrates é a condição sine qua none, antes de atribuir, cada diploma que permite o estudante finalista da medicina começar exercer essa profissão nobre. Segundo o diccionário electrónico Wikipedia, o "juramento de Hipócrates é uma declaração solene tradicionalmente feita por médicos por ocasião de sua formatura. Acredita-se que o texto é de autoria de
Hipócrates ou de um de seus discípulos."

Segundo as normas humanitárias internacionais, entre outros os princípios da Cruz Vermelha Internacional fiscaliza este código deontológico dos médicos, mesmo em situação de conflitos internos ou entre estados. O médico tem o dever de respeitar o Juramento de Hipócrates obriga o médico a tratar o doente em situação calamitosa independemente de sua pertência socio-economica ou etnica, origem nacional como de sua convicção politica e religiosa etc... Só nos conflitos dito brutais onde as partes disrespeitam totalmente as regras de humanidades que os médicos, muita das vezes partidários e estupidificados pelas dogmas de violência, recusam de aplicar essas regras. Comportamentos semelhantes de disrespeito total de juramento de Hipócrates se manifestaram também nos regimes considerados barbaros e/ou racistas como no regime de Apartheid de África do Sul e nas juntas ditatoriais militares na América Latina, Chile de Pinochet por exemplo.

Segundo as observações feitas até hoje em dia, a recusa pela parte dos médicos angolanos, particularmente no Hospital Américo Boa Vida, em Luanda, de prestar assistência medica e medicamentosa aos pacientes gavemente feridos e em estado altamente calamitoso, só porque eles pertecem a um grupo dos manifestantes pacificos exercendo seu direito constitucional, é uma violação flagrante e irreparável do código deontológico da profissão como médicos. Ou Angola faz parte do mundo civilizado, então os seus médicos devem respeitar minuciosamente o "Juramento de Hipócrates", ou Angola é uma barbaria, então seus médicos podem continuar de agir dessa maneira, discreditando assim a reputação de cada médico Angolano. Ou os medicos denunciados são membros da milícia agora activa contra os criticos, o que justifica tanto comportamento, ou eles são intelectuais integres, então aplicarão as regras humanitárias da medicina que obrigam o respeito dos pacientes e não aplicar as ordens provenientes de chefes das milícias ou dos profissionais da violência que governam em Angola há 37 anos. O corpo medical deve ser neutral e apartidário, segundo os princípios, e os médicos angolanos, que sejam membros do comitê de especialidade do partido violente no poder MPLA, ou duma outra entidade ligado ao regime brutal angolano, eles devem aprender a respeitar o "Juramento de Hipócrates", que eles prestaram antes de obterem diplomas, nos Estados Unidos de América (EUA), na RDCongo, na Europa, na Asia, no Brasil ou na America Latina. Mesmo na Palestina e Israel, o Juramento de Hipócrates vale para todo.

Condeno esse comportamento oriundo dos médicos angolanos de Hospital mencionado como um acto de barbaria moderna que preconiza a morte lenta das vitímas dos grupos das milícias armadas incitadas pelos dirigentes destacados do partido no poder MPLA. Além disso, apelo o presidente da Comissão Parlamentar dos Direitos Humanos de iniciar automaticamente um inquérito especial no sentido de apurar quem incitou o corpo médico angolano de negar qualquer assistência aos feridos em estado calamitoso, deixando-os sem cuidado médico. É violação flagrante da Constituição como dos princípios eticos da profissão de médicos. Só o maquiavélico Doutor Josef Mengele do facista mortífero Hitler e mestre científico de Holocausto podia se comportar assim. Só os inimigos inveterados de humanidade apresentam esse tipo de comportamento perante os mais fracos, neste caso feridos graves e as vitímas da violência política. Isso é repugnante!

Quero instar a Ordem de Médicos de Angola de tomar imediatamente medidas apropriadas, entre outra aplicar sansões contra os violadores, no sentido de reestabelecerem o respeito incondicional do "Juramento de Hipócrates" pelo corpo medical em Angola, para nào prejudicar os profissionais de sector de saúde originarios de Angola, que pretendem fazer carreira profissional fora do país. Em seguida chamo a atenção dos cidadãos angolanos em particular de denunciar publicamente cada violação do "Juramento de Hipócrates" pelos médicos angolanos, que recusam assistir os cidadãos por motivo político, mencionando o nome completo do médico violador, sua entidade profissional, sua pertencia partidaria ou sindical/ordem dos médicos ou nao e a comunidade ecclesial/igreja que pertence. Quero tambem deixar conselho á todos os cidadãos angolanos de se munir do "Juramento de Hipócrates" aqui apresentado cada vez que eles se apresentarão no qualquer hospital em Angola, no sentido de lembrar os Senhores Médicos de respeitar as regras que lhes obrigam a assistir os doentes ou feridos, independemente de seus cores partidarios ou origens, e não aplicar as ordens de um regime, seja democrático ou despótico como de Angola.

Preocupado pelo retrógrado na pratica da profissão medical em Angola, aproveito a oportunidade para lembrar os médicos angolanos e paricularmente os dirigentes de "Ordem dos Médicos de Angola" o juramento que eles prestaram perante seus decanos e seus colegas como o mundo antes de tornarem-se profissionais deste oficio mais nobre da planeta: (segue o texto do juramento)

"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higeia e Panaceia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."

HIPÓCRATES

Wikipedia notifica que: "o Juramento de Hipócrates foi atualizado em 1948 pela Declaração de Genebra, a qual vem sendo utilizada em vários países por se mostrar social e cientificamente mais próxima da atual realidade."

Que Deus abençoa Angola e, como no tempo de Faraó, o mesmo Deus assiste agora esse povo oprimido na luta justa por libertar-se de obscurantismo imposto pelas forças de mau no poder! Deus tem uma opção clara e posiciona-se sempre ao lado dos mais fracos, os pobres, os oprimidos e os marginais. Jovens activistas angolanos e defensores dos direitos humanos, lutadores pela justiça distributiva e democracia em Angola, Deus está convosco neste momento e partilha vossa pena oriundo da repressão mortiféra. O que usa a violência gratuita é um débil e enfrenta só a justiça no seu fim. A Justiça é teimosa e acaba sempre de triunfar!

Berlim, 24 de Maio de 2012
Emanuel Matondo
Autor-jornalista e activista dos direitos humanos angolanos
IAADH e.V.
info@iaadh.de
www.iaadh.de


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