Um estudo
descobriu que os cérebros podem começar a mostrar sinais de mal de Alzheimer
cerca de uma década antes da condição ser reconhecida pelos médicos.
Varreduras
do cérebro mostram uma retração no córtex cerebral de idosos que posteriormente
desenvolveram a demência. Isso sugere um “indicador” para o mal de Alzheimer.
Dessa forma, os médicos podem identificar os pacientes em maior risco de
desenvolver a doença.
65 idosos,
com cerca de 70 anos quando o estudo começou, participaram da pesquisa. Seus
cérebros foram escaneados por ressonância magnética. Os pesquisadores também
mediram o tamanho das regiões do cérebro implicadas no mal de Alzheimer.
Os
participantes com as menores medidas eram três vezes mais propensos a
desenvolver Alzheimer em 10 anos. Porém, como o estudo foi pequeno, mais
pesquisas são necessárias antes de aplicar tal indicador à população em geral.
No início do
estudo, os participantes eram cognitivamente normais e não tinham sintomas da
doença. Eles foram seguidos por uma média de nove anos, submetidos a testes
para avaliar as mudanças em suas capacidades mentais.
Ao final do
estudo, 15 participantes desenvolveram deficiência mental ou demência,
característica do mal de Alzheimer, condição que só é oficialmente
diagnosticada por autópsia.
Estes
participantes tenderam a apresentar retração em algumas partes do córtex
cerebral envolvidas na doença. O córtex cerebral é a camada mais externa do
cérebro, envolvida em pensar, lembrar e planejar, funções que são afetadas pelo
mal de Alzheimer. Nos participantes que desenvolveram a demência associada ao
Alzheimer, esta camada era mais fina.
Os
participantes foram divididos em três grupos com base em suas medições de
córtex cerebral. Entre aqueles com as menores medidas, 55% desenvolveram a
demência associada ao Alzheimer, em comparação com 20% no grupo com medidas
médias, e nenhum no grupo com maiores medidas.
Segundo os
pesquisadores, esta medida é potencialmente um marcador de alterações precoces
no cérebro associadas ao mal de Alzheimer, e poderia ajudar a prever quem está
em risco, e até mesmo quanto tempo a pessoa teria até que a demência se
desenvolvesse.
Se alguma
terapia, droga ou tratamento for desenvolvido no futuro, aqueles que ainda
estão sem sintomas, mas com grande risco, seriam os mais beneficiados.
Os
cientistas lembram que o estudo procurou um padrão de encolhimento do cérebro
através de um número de áreas cerebrais. Incluir um grande número de áreas do
cérebro na análise pode aumentar a exatidão de tais testes para identificar
precocemente a doença.
Quanto mais
alterações em uma rede de áreas associadas com o mal de Alzheimer, maior
confiança o médico terá de que o paciente realmente está sofrendo mudanças
associadas com a condição.[LiveScience]
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