A nanotecnologia já cruzou o caminho do câncer algumas vezes – estudos sobre tipos de nanopartículas artificiais como força de destruição das células e como transporte de drogas anti-tumorais diretamente às células cancerosas são exemplos de como a nanotecnologia pode beneficiar o tratamento da doença.
Agora, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) estão trabalhando na habilidade de transporte das nanopartículas para combater o câncer de forma natural, ou seja, ao invés de usá-las para levar medicamento, eles as usam para transportar células do sistema imunológico do próprio corpo do paciente.
O tratamento parece simples. As células T (indicadas pela seta na foto), um tipo de glóbulo branco que está envolvido na imunidade mediada por células, são colhidas do sangue do paciente. Em seguida, são tratadas de tal maneira que visem especificamente às células cancerosas.
As novas células T são presas a uma nanopartícula lipídica baseada em interleucinas. A interleucina é um tipo de substância química que ajuda a promover o crescimento de células T. Finalmente, a célula T e as nanopartículas de interleucina são injetadas de volta no paciente.
As células T passam a procurar os tumores que elas foram programadas para destruir. As interleucinas ajudam a manter uma contagem de células T saudáveis para combater as células cancerosas diretamente, sem causar produção anormal em outras partes do corpo – e isso é importante. Tratamentos com interleucina podem ter efeitos colaterais devastadores, incluindo insuficiência cardíaca e pulmonar. Mas a abordagem utilizada pela pesquisa recente não deixa que ocorra processo de produção de células T a não ser na área do tumor a ser afetado.
Os pesquisadores realizaram um teste clínico com camundongos. O tratamento foi 100% eficaz. Camundongos que receberam tratamentos com células T com interleucina ou células T padrão morreram após 75 dias, enquanto os ratos do grupo de controle morreram após apenas 25 dias. Os camundongos que receberam o tratamento de nanopartículas viveram mais do que o limite de 100 dias do estudo.
O que os pesquisadores objetivam é melhorar cada vez mais a terapia com células do sistema imunológico, para que um dia ela possa levar os seres humanos para mais perto da cura do câncer, e não só a um retardo da progressão da doença. [DailyTech]
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