Segundo uma nova pesquisa, praticar exercícios duas horas e meia por semana pode reduzir a possibilidade de uma mulher desenvolver câncer de endométrio – que começa nas células que revestem o útero – em 34%.
Só nos EUA, o Instituto Nacional do Câncer estima que haverá 43,70 novos casos de câncer de endométrio este ano, e 7.950 mulheres morrerão da doença.
Os pesquisadores perguntaram a 668 mulheres com câncer de endométrio e 665 mulheres sem o câncer sobre os seus hábitos de exercício físico. Eles classificaram os hábitos das mulheres pela intensidade do exercício praticado, usando uma escala padronizada chamada Compêndio de Atividades Físicas.
Em média, as mulheres que se exercitam em uma intensidade de moderada a vigorosa, durante 150 minutos ou mais por semana, têm um risco 34% menor de ter câncer de endométrio do que as mulheres que não praticam nenhum exercício.
A descoberta indica que a atividade física tem um efeito independente. Segundo os pesquisadores, a constatação se aplica tanto a mulheres com peso normal quanto com excesso de peso.
Porém, os resultados mostram claramente que as mulheres que são ativas têm menor risco de desenvolver câncer endometrial, então eles acreditam que se a mulher for ativa, independentemente do seu índice de massa corporal (IMC), estará em menor risco.
As mulheres que tinham um IMC inferior a 25 (o valor considerado normal é entre 18 e 25), e que se exercitam por 150 minutos por semana, tinham um risco 73% menor de desenvolver câncer de endométrio do que mulheres inativas acima do peso (IMC acima de 25).
O estudo também mostrou que mulheres com sobrepeso tiveram benefícios quando se exercitaram 150 minutos ou mais por semana. O risco de câncer de endométrio caiu para 52% em comparação com mulheres obesas que não se exercitam.
Os pesquisadores acreditam que exercícios moderados a rigorosos, incluindo caminhada, corrida ou ciclismo, podem diminuir o risco de câncer através da melhoria dos níveis de hormônios na circulação e da redução da gordura corporal.
O próximo passo da pesquisa é identificar os mecanismos biológicos por trás da relação entre os níveis de exercício físico e de hormônio no sangue. [LiveScience]
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