quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tecnologia de caixões: como evitar enterrar pessoas vivas?





O cinema e a literatura já exploraram bastante essa situação: uma pessoa sofre um ataque de catalepsia, “morre”, é enterrada viva e acorda dentro do caixão, sem ter como sair. Mas essa situação já aconteceu mais de uma vez na vida real, e várias pessoas já tentaram resolver esse inusitado problema ao longo da história. Confira algumas das soluções mais inventivas:

No século XVIII, foram registradas ocorrências bizarras. Pessoas que sofriam de cólera eram acidentalmente enterradas vivas, quando, após uma disfunção, entravam em um estado semelhante à morte. A partir desses casos, foi desenvolvida uma espécie de “caixão de segurança”, que funcionava da seguinte maneira: cada caixão possuía uma válvula interna, que podia ser aberta. Assim, um caixão era uma escotilha da qual um “morto” poderia escapar, se resolvesse reviver de repente. Nos Estados Unidos, durante os anos 1930, um homem preparou para si e a família um túmulo onde o cadáver contaria com ferramentas e pedaços de pão (no caso de ressuscitar com fome), assim que revivesse.

Voltando ao século XVIII, encontramos um exemplo ainda mais complexo. E ainda mais esquisito. Naquela época, as pessoas em geral (ou pelo menos as pessoas mais importantes da comunidade) eram enterradas nos fundos da igreja. Assim, o caixão era acoplado a um tubo, que saía para a superfície e acabava em uma casinha à qual o padre tinha acesso. Assim que o fiel era enterrado, o eclesiástico se punha a observar o “comportamento” do cadáver. Se ele enxergasse qualquer movimento, ou não sentisse cheiro de putrefação da carne, mandava cavar imediatamente para abrir o caixão e resgatar o sujeito. É claro que o tal tubo também deixava passar ar e até comida, para manter o “morto” vivo até que pudesse sair. Algumas variações de caixão desse tipo eram equipadas com um sino. Se o cadáver acordasse de repente, poderia tocar desesperadamente até ser percebido.

Vamos agora para os dias atuais. Ironicamente, a arte de fazer “caixões de segurança” entrou em decadência. O motivo é muito simples: a medicina evoluiu, aprimorando os métodos para se determinar se uma pessoa realmente morreu. Ainda assim, há quem gaste recursos e imaginação nesse quesito. Um clube de aficionados pela morte, o “Six Feet Under Club”, desenvolveram uma espécie de caixão computadorizado, através da qual o falso morto poderia se comunicar com o mundo exterior. Infelizmente (ou não), ainda não foi registrado nenhum uso prático desse caixão.

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