Cientistas brasileiros criaram um sensor elétrico simples, que pode ajudar a diagnosticar quando uma pessoa está infectada por parasitas Leishmania amazonensis. Como aqui no Brasil, assim como em outros países em desenvolvimento, a leishmaniose ainda é uma doença muito comum, é útil ter um aparelho de baixo custo que possa diagnosticar a doença em pouco tempo.
Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, cerca de 12 milhões de pessoas no mundo sofrem com a leishmaniose, doença que causa úlceras na pele e que pode ser até fatal se não for tratada. Ela é provocada pelos protozoários citados acima e transmitida pela picada dos mosquitos-palha, os flebotomídeos.
De acordo com o professor Valtencir Zucolloto, da Universidade de São Paulo (USP), é realmente difícil detectar quando alguém está infectado com essa doença porque a quantidade de anticorpos que o organismo produz para combatê-la é muito baixa. Outra doença que tem o mesmo problema é o Mal de Chagas – o protozoário Trypanossoma cruzi, responsável pela doença, também é difícil de ser detectado.
O sensor criado pelos cientistas brasileiros é, basicamente, um quadrado de vidro do tamanho de um selo, equipado com eletrodos de ouro. Os eletrodos são cobertos com os antígenos de um patógeno específico. Quando a doença é verificada, a capacidade dos canais muda, indicando a infecção para os cientistas.
Apesar da tecnologia ser interessante, até agora sua funcionalidade só foi verificada em ratos, mas a equipe de cientistas já planeja fazer testes em humanos. [C&EN]
Agradecemos a dica de pauta ao leitor Fabrício Santos.
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