quinta-feira, 27 de setembro de 2012

BPA: componente usado em plásticos causa obesidade?


O Bisfenol A (BPA) é um produto que está colecionando inimigos. Ele tem sido acusado de causar impotência, diminuir a fertilidade, além de prejudicar as crianças, e estar associado à obesidade de adultos, o que colocou o mesmo na lista dos produtos nocivos à saúde mais próximos de nós.
Agora, um novo estudo publicado em 19 de setembro no JAMA (Jornal da Associação Médica Americana, dedicado ao tema da obesidade) aponta que a obesidade de crianças e adolescentes também está associada à altas concentrações de BPA na urina.
O estudo conduzido pelo médico Leonardo Trasande, professor associado de pediatria e medicina ambiental da Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque (EUA), descobriu que crianças com alto nível de BPA na urina tinham 2,6 vezes mais chances de serem obesas depois de excluir fatores como raça, etnia, idade, educação do adulto responsável, sexo, ingestão de calorias, tempo na frente da TV e creatinina na urina.
O estudo foi feito com 3.000 jovens e crianças com idade entre 6 e 19, e o resultado apontou que entre os que tinham alto nível de BPA, 22,3% eram obesos, comparados com 10,3% dos participantes com menores níveis de BPA.
O BPA absorvido vem principalmente de latinhas de refrigerante, onde ele serve de revestimento interno para separar o refrigerante do alumínio. Os fabricantes alegam que o BPA tem funções antissépticas, mas estudos anteriores já mostraram que ele altera múltiplos mecanismos do metabolismo humano que podem aumentar a massa corporal. Além disso, a exposição ao BPA está associada com doenças cardíacas, câncer de mama, câncer de próstata, problemas neurológicos, diabetes e infertilidade.
No Brasil
Recentemente, o Brasil proibiu o uso de BPA na fabricação de mamadeiras infantis para consumo no país, bem como a importação de mamadeiras para a mesma finalidade, a exemplo de outros países, como o Canadá e alguns países da Comunidade Europeia.
A resolução 41/2011 da ANVISA, de setembro de 2011, estabeleceu um prazo de 90 dias para os fabricantes se adequarem à exigência, e permitiu que as mamadeiras já adquiridas permanecessem no mercado até 31 de dezembro daquele ano.[Science Daily]


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