Segundo um novo estudo da Universidade de Edimburgo
(Escócia), se você quiser se lembrar do que aprendeu, inclusive em longo prazo,
não pode deixar de fazer intervalos/descansar.
A conclusão vem de uma pesquisa com um pequeno
grupo de homens e mulheres idosos. Os cientistas contaram histórias a eles.
Em seguida, os participantes foram instruídos a relaxar, fazer uma pausa breve e fechar os olhos por 10 minutos em um quarto escuro. Mais tarde, tiveram que recontar a história, lembrando tantos detalhes quanto fosse possível.
Em seguida, os participantes foram instruídos a relaxar, fazer uma pausa breve e fechar os olhos por 10 minutos em um quarto escuro. Mais tarde, tiveram que recontar a história, lembrando tantos detalhes quanto fosse possível.
O mesmo grupo também ouviu outras histórias, mas,
dessa vez, ao invés de descansar, eles foram distraídos com uma nova tarefa,
destacando as diferenças entre pares de imagens quase idênticas, antes de ter
que recontá-las.
No geral, os participantes do estudo se lembraram
de muitos mais detalhes das histórias que ouviram antes de descansarem.
Mais: esse impulso de memória impressionante persistiu até uma semana depois, quando os participantes ainda se lembravam de bastantes detalhes.
Mais: esse impulso de memória impressionante persistiu até uma semana depois, quando os participantes ainda se lembravam de bastantes detalhes.
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que
jovens e idosos têm melhor recordação de informação quando descansam alguns
minutos entre aprendê-la e ter que repeti-la. O novo estudo acrescenta
evidências de que os mesmos minutos de descanso podem ter um efeito até mesmo
em longo prazo na consolidação da memória.
“Quando encontramos novas informações, estamos,
provavelmente, em um estágio muito inicial de formação da memória”, explica a
principal autora do estudo, Michaela Dewar. “Outros processos neurais têm que
ocorrer após esta fase para sermos capazes de lembrar dessas informações em um
ponto posterior no tempo”.
E esses processos
neurais podem não ser planejados. Estudos com ratos mostram que, se eles
têm um tempo livre depois de alguma tarefa, inconscientemente se lembram dela
mentalmente. Os humanos parecem fazer a mesma coisa. Esta atividade do cérebro
ocorre automaticamente, sem que as pessoas tenham que pensar sobre a tarefa que
acabaram de fazer.
Aliás, muitas pesquisas defendem o papel crucial do
sono na consolidação da memória. Descobertas da Academia Nacional de Ciências
dos EUA mostram que o sono
interrompido afeta a nossa capacidade de construir memórias.
Apesar desses mecanismos não serem ainda totalmente
compreendidos, o sono
parece importante para nossa memória “declarativa” (lembrar fatos) e,
especialmente, para nossa memória “processual” (lembrar de como fazer as
coisas, como aprender a andar de bicicleta).
Até por isso cientistas especulam que os bebês
passam a maior parte das suas vidas dormindo: eles precisam desse tempo para
consolidar novas memórias sobre como controlar seus corpos e outras tarefas
básicas.
Então, está estudando para uma prova, ou decorando
um discurso para uma importante reunião? Pare um pouco, feche os olhos, e volte
à sua tarefa apenas mais tarde.[CNN]
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