Uma menina de 2 anos, cujos pais estão presos
sob a acusação de maus-tratos, morreu nesta sexta-feira depois que a Suprema
Corte do Canadá decidiu não intervir para impedir que os médicos retirassem o
respirador artificial que mantinha criança viva.
O hospital infantil Stollery da cidade de
Edmonton, onde a menina conhecida como Baby M estava internada, informou hoje
que a morte da criança foi confirmada na noite de ontem, pouco depois do
respirador artificial ser removido.
Os pais da menina, que inicialmente foram
detidos por agressão e por maus-tratos, solicitaram ontem ao Supremo Tribunal
do Canadá que suspendessem a ordem de um juiz de Alberta de retirar o
respirador que mantinha a menina com vida.
Em maio deste ano, uma equipe de emergência
encontrou Baby M na casa de seus pais com uma parada cardíaca. Após ter ficado
quase 40 minutos com o coração parado, os médicos conseguiram ressuscitar a
criança, mas não puderam evitar que a mesma ficasse com graves lesões cerebrais
como sequela.
Para argumentar sua decisão de se opor à
retirada do respirador, o pai da menina apresentou uma declaração perante os
tribunais na qual assinalou: "como devoto muçulmano e carinhoso pai, me
resulta impensável aceitar que se limite ou retire o tratamento médico".
No entanto, os tribunais disseram que o
objetivo de manter o respirador e submeter à menina a outros tratamentos
invasivos é "dar continuidade a uma vida que não apresenta nenhum
benefício para ela", já que não havia nenhuma hipótese da criança se
recuperar das graves lesões.
Os tribunais também assinalaram que os pais
estão em um conflito de interesses, enquanto a polícia assinalou que a morte da
menina também acarretará uma acusação de assassinato.
Imagem: fotosdoalvaro.blogspot.com
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