Contrariando a ideia de que a vida rural
(longe da poluição e do estresse das cidades) é necessariamente mais saudável,
estudo recente sugere que quem mora ou cresceu no campo tem cerca de duas vezes
mais chances de desenvolver doença de Alzheimer – que afeta mais de 1 milhão de
brasileiros e cerca de 35 milhões de pessoas no mundo.
Para chegar a essa conclusão, os
pesquisadores analisaram dados de 51 artigos acadêmicos publicados ao longo de décadas,
com informações médicas de 12.580 mil pessoas do mundo todo – incluindo
habitantes dos Estados Unidos, do Canadá e de nações menos desenvolvidas
economicamente, como Peru e Nigéria.
Curiosamente, os índices de outras doenças
mentais não apresentaram grande diferença entre pessoas que moravam no campo ou
em cidades – a variação só foi grande no caso da doença de Alzheimer. De acordo
com o psiquiatra Tom Russ, líder da equipe que fez o estudo, a diferença pode
estar mais relacionada a benefícios da vida urbana do que a supostos elementos
perigosos de áreas rurais.
“Não sabemos exatamente o mecanismo por trás
da descoberta”, diz. “Pode ter relação com o acesso a serviços de saúde,
exposição a alguma substância, fatores socioeconômicos, ou vários outros
fatores. Estamos analisando a questão de modo mais detalhado”. Ele considera
que encontrar a causa por trás dessa diferença é prioritário, pois isso ajudará
a tomar ações preventivas contra a doença.[The Telegraph]
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