O chefe dos médicos legistas do Egito, doutor
Ihsan Kamil George, afirmou ao jornal estatal "Al-Ahram" que o
ex-presidente do país, Hosni Mubarak, não sofreu uma trombose cerebral, como afirmou
o médico pessoal do antigo líder durante sua transferência da prisão de Tora a
um hospital do exército, em junho. Em entrevista divulgada neste sábado, George
disse que quando examinou o ex-presidente, não concordou com os relatórios do
médico pessoal de Mubarak.
http://saude.terra.com.br
"O médico do ex-presidente apresentou um
relatório no qual garantia que Mubarak tinha sofrido pelo menos seis tromboses
cerebrais. Mas quando foi submetido a outro exame, ficou provado que o
ex-presidente nunca teve nada parecido", disse.
Mubarak, cujo estado de saúde é alvo de
especulações há anos, foi transferido da prisão de Tora a um hospital militar,
em 19 de junho, após seu frágil estado de saúde se agravar.
Os relatórios divulgados à imprensa afirmavam
que o ditador, de 84 anos, tinha sofrido uma trombose cerebral seguida de um
ataque cardíaco.
Foi então que começaram a circular
informações contraditórias sobre seu estado de saúde. Alguns meios de
comunicação egípcios apontavam que Mubarak estava clinicamente morto, porém
semanas depois, o ex-líder retornava à prisão para seguir cumprindo pena de
prisão perpétua.
Além disso, o legista também negou que o
ex-líder tivesse sofrido algumas complicações pulmonares. "Quando eu o
examinei, estava claro que não mostrava sinais de complicações pulmonares, já
que sua respiração era estável e sequer havia bujão de oxigênio em seu quarto.
Por isso, escrevi no relatório que Mubarak não necessitava ser transferido a
outro hospital", disse George.
O médico legista presidiu a equipe de
profissionais que examinou o ex-líder a pedido da Procuradoria Geral, que
queria determinar se seu estado de saúde permitia que pudesse retornar ao
presídio, como ocorreu posteriormente.
O ex-presidente foi preso em 2 de junho, após
ser condenado à prisão perpétua por cumplicidade na morte de manifestantes
durante as revoltas que levaram a sua renúncia, em fevereiro de 2011.
Imagem: bilerico.com
Sem comentários:
Enviar um comentário