Tratamento está
sendo avaliado pela OMS em reunião com mais de 200 especialistas
Enquanto a África Ocidental luta para
conter o maior surto de ebola da história, alguns especialistas dizem que um
tratamento diferente, mas simples pode ajudar: o sangue dos sobreviventes.
http://noticias.r7.com/saude
Os cientistas acreditam que utilizar o
sangue de quem venceu a doença sem ajuda de remédios pode ser a chave para uma
cura, já que não há medicamentos ou vacinas para a doença que já tenham sido
testados.
Essa técnica de usar sangue de
sobreviventes do ebola é um dos tratamentos experimentais que está em discussão
em uma reunião que acontece desde quinta-feira (3) em Genebra. Mais de 200
especialistas reunidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde) estão analisando
questões de segurança e eficácia dos novos tratamentos.
Há cerca de meia dúzia de medicamentos e
vacinas em desenvolvimento. Nenhum foi testado em humanos, mas um julgamento antecipado
de uma vacina começou esta semana nos Estados Unidos.
Em contraste, a rede de sangue da OMS,
um grupo internacional de reguladores de sangue, observou recentemente que
existem milhares de sobreviventes de surtos passados de Ebola na África e que
podem ser aproveitados como fonte.
Em outro documento publicado esta
semana, a OMS estimou que os primeiros lotes de sangue de sobreviventes
poderiam estar disponíveis até o final do ano. A agência disse que tinha
identificado vários pacientes recuperados como potenciais doadores, mas
reconheceu a "logística de coleta de sangue” como um problema.
Como funciona o possível tratamento
Alguns cientistas não acreditam que os
anticorpos presentes no sangue dos sobreviventes do ebola poderiam ajudar
pacientes infectados com a doença mortal. Os anticorpos são produzidos pelo
sistema imunológico do corpo para combater coisas prejudiciais, como vírus.
Eles permanecem no sangue pronto para lutar contra qualquer futuras infecções
pelo mesmo substância estranha.
Segundo o DailyNews, especialistas dizem
que a única precaução a ser tomada antes da transfusão do sangue seria
verificar se o paciente que foi curado não é portador de outros vírus, como o
HIV e a malária.
Na África Ocidental, não houve
tentativas organizadas para usar o sangue dos sobreviventes para tratar os
pacientes. O sangue de um menino de 14 anos que sobreviveu ao ebola foi dado em
julho para o médico americano Kent Brantly, que foi infectado na Libéria.
Brantly também recebeu dosagens do medicamento ZMapp. Depois de uma internação
de uma mês em um hospital dos EUA, o médico recebeu alta. Não se sabe se a
droga ou o sangue do menino foram responsáveis pela sua recuperação.
Sem comentários:
Enviar um comentário