quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bebês gordinhos podem não ser tão saudáveis assim


As escolas brasileiras não vendem mais frituras, salgadinhos e doces e a primeira-dama americana, Michelle Obama, está fazendo uma campanha para que as crianças percam peso e tenham uma alimentação mais saudável.

Mas pesquisas indicam que, se essas medidas são suficientes, elas vieram muito tarde. Muitos eventos que fazem com que a criança fique obesa acontecem fora da escola, durante os primeiros anos de vida e até mesmo antes do nascimento, no útero.

Algumas descobertas são:

- O bebê gordinho que está crescendo forte pode estar crescendo demais. As pessoas, pela beleza do bebê mais cheinho, podem ignorar se o peso da criança é o ideal.

- Bebês cujas mães fumaram durante a gravidez têm um risco maior de ficarem obesos.

- Bebês que dormem menos de 12 horas por dia também tem mais chances de ficarem obesos posteriormente. Bebês que não dormem essa quantia e, além disso, assistem muita TV, têm chances ainda maiores.

Algumas intervenções médicas são praticadas normalmente. Uma delas é a recomendação que as mulheres obesas que pretendem engravidar percam peso antes da gravidez, não durante e nem imediatamente depois – para que o risco de que seu filho sofra diabetes seja menor. Outra preocupação dos médicos é que a mãe amamente seu filho. O leite é o alimento adequado para a criança e diminui o risco que ela fique obesa.

Mas, normalmente, dietas e outros tipos de intervenção no peso de crianças com menos de cinco anos são evitadas. Há uma crença generalizada de que crianças gordinhas seriam mais saudáveis quando isso pode estar longe da verdade. O Instituto de Medicina dos Estados Unidos está pesquisando planos de prevenção de obesidade para crianças de 0 a 5 anos.

O estudo irá analisar a dieta, a quantidade de sono e as atividades físicas das crianças.

Os cientistas estão preocupados com o que chamam de mudanças epigenéticas, que seriam mudanças genéticas causadas por fatores externos. Ou seja: os genes que as crianças herdam dos pais seriam modificadas pelo ambiente e pela qualidade de vida que elas possuem. Muitos médicos preocupam-se com a obesidade das mulheres que pretendem engravidar por que o útero seria o primeiro ambiente de um bebê. O útero de uma pessoa obesa seria, então. mais prejudicial do que o útero de uma mulher em seu peso ideal.

De acordo com os especialistas uma mudança de pensamento precisa acontecer na sociedade: as pessoas precisam parar de achar que um bebê gordinho é um bebê saudável e se preocuparem mais com a saúde dele.

Fonte: NY Times

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