A memória é concebida hoje como uma das mais importantes funções cerebrais e está intimamente ligada ao aprendizado e à capacidade de repetir os acertos e evitar os erros já cometidos.
Fonte: http://www.estado.estadao.com.br/
edicao/especial/ciencia/cerebro
No caso da memória visual, por exemplo, tudo tem início com os sinais luminosos captados pela retina. Os impulsos elétricos migram para o nervo óptico e, daí, para o córtex cerebral, a matéria cinza que concentra as funções cerebrais mais evoluídas. O impulso morre, mas a passagem do impulso por um determinado caminho estabelece conexões entre neurônios e possibilita ao cérebro recriar futuramente a imagem.
As sensações vividas podem ser reproduzidas, sempre que se julgar necessário. Os neurônios se incumbem de enviar impulsos elétricos pelo caminho já trilhado. Sons, imagens ou a combinação de estímulos permitem ao indivíduo ativar novamente esses padrões de conexão. A formação e o armazenamento inicial das memórias de fatos e eventos se fazem na região do hipocampo e suas conexões. A amigdala guarda impressões de medo e alerta. O gânglio basal estoca informações de hábitos e habilidades físicas. O cerebelo guarda memória de procedimentos.
A memória rápida ocorre no córtex prefrontal e em suas conexões. A natureza fragmentada dos arquivos de memória permite ao indivíduo refinar suas impressões do passado. Ao mesmo tempo, habilita o homem a selecionar, pela via das emoções e processos químicos a elas relacionados, as memórias que pretende guardar e aquelas que jamais gostaria de restabelecer. Como em uma imensa biblioteca parcialmente incendiada, o cérebro lesado pode guardar coleções de livros absolutamente intactos.
Sem comentários:
Enviar um comentário