domingo, 15 de julho de 2012

6 previsões bizarras que a ciência pode fazer sobre seu filho


Quem já visitou um berçário dificilmente pensou “uau, estou olhando para um monte de assassinos, viciados e fracassados em potencial”.
Embora não seja possível prever o futuro de uma criança com 100% de acerto, ou adivinhar que seu sobrinho de 5 anos vai para a prisão em 2032, a ciência mostra que alguns problemas da vida adulta dão sinais desde cedo. Bem cedo…
1 – Se uma criança de 4 anos é paciente, terá sucesso quando adulto
Na década de 1960, um psicólogo da Universidade de Stanford (EUA) resolveu testar (literalmente) a paciência de 653 crianças de 4 a 6 anos.
A tortura… ou, melhor, o experimento funcionava assim: as crianças eram colocadas em frente a um prato com um doce e podiam escolher entre comê-lo imediatamente ou ganhar mais um depois. Tudo o que precisavam fazer era aguardar por 15 minutos até que o pesquisador voltasse – elas não eram informadas sobre o tempo de espera.
Apenas 30% das crianças conseguiram se controlar. Muitos anos depois, um novo estudo realizado com as mesmas pessoas mostrou que as crianças impacientes se tornaram, em geral, adultos mais estressados e com dificuldade em manter amizades. Além disso, aqueles 30% do primeiro estudo se saíam melhor em testes para entrar na faculdade e eram descritos por seus pais como “mais competentes”.
Ao 30 anos, as “crianças pacientes” tinham uma vida mais feliz e bem-sucedida, enquanto os outros 70% tinham uma tendência maior a engordar e se viciar em drogas. Ao analisar as atividades cerebrais dos participantes, os pesquisadores descobriram que os mais pacientes apresentavam maior atividade no córtex pré-frontal, relacionado a comportamento social a planejamento.
2 – Bebês alimentados quando querem serão mais espertos
Antes de fazer seu filho passar fome para aprender a esperar e se tornar um adulto de sucesso, leia isto: estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Social e Econômica dos EUA mostrou que bebês alimentados quando quiserem terão QI maior.
“Hora da papinha”? Que nada! Ao analisar 10.419 crianças, os pesquisadores descobriram que bebês alimentados apenas em horários específicos tiveram desempenho pior em testes de inteligência. E isso tudo levando em conta situações sociais desfavorecidas e mães que não conseguiam alimentar seus filhos como deveriam. Aliás, crianças pobres tiveram o mesmo bom desempenho que crianças ricas alimentadas quando queriam.
Segundo os autores, os resultados têm relação com o desenvolvimento do cérebro do bebê, que está começando a aprender a se comunicar.
3 – Bebês que roncam provavelmente serão crianças problemáticas
“Oh, que bonitinho, ele está roncando!”. Alto lá! Estudo mostrou que um bebê que ronca tem grandes chances de se tornar um pequeno e hiperativo tirano. Os pesquisadores acompanharam 11 mil crianças do nascimento aos 7 anos. Os pais respondiam questionários em seis momentos diferentes no período, e aos 4 e 7 anos as crianças passavam por testes neurológicos.
Resultado: os pequenos roncadores demonstraram problemas de comportamento aos 4 e 7 anos – como agressividade e depressão. Os autores do estudo sugerem que essas crianças, por não respirarem direito enquanto dormiam, não tiveram um desenvolvimento cerebral tão bom (recebiam mais dióxido de carbono do que oxigênio).
Ou talvez o ronco seja um sinal de possessão por espíritos malignos. Quem sabe?
4 – Bebês pequenos vão mal na escola
Impacientes, famintos, roncadores… Qual o próximo alvo? Ah, sim: bebês pequenos. Estudo feito com 334 crianças na Inglaterra mostrou que aqueles que, ao nascer, eram menores do que o normal, se saíram pior no teste GCSE (uma espécie de “prova final” do Ensino Médio) e em testes de QI.
Não significa, porém, que aquele seu primo que nasceu com 6 kg vai ganhar o Prêmio Nobel de Física…
5 – Bebês temperamentais serão adultos viciados em jogos
Há mais ou menos quarenta anos, foi feito um estudo na Nova Zelândia com bebês de temperamentos diferentes: bem ajustados; reservados; confiantes; inibidos; e “descontrolados” (pra não dizer outra coisa…).
O último grupo era formado por 10% das crianças, que apresentavam “falta de autocontrole, rápida mudança de emoções, comportamento impulsivo e altos níveis de sentimentos negativos”.
Os pequenos pesadelos ambulantes não se tornaram criminosos, como muitos imaginariam, mas tinham mais chances de ter problemas com jogos de azar do que os outros participantes do estudo.
Os pesquisadores ressaltam, porém, que crianças malas não necessariamente vão gastar todo o seu dinheiro na loteria quando adultos. A suspeita, na verdade, é de que algumas pessoas nascem mais suscetíveis ao vício.
6 – Bebês corajosos têm mais chances de se tornar criminosos
Para fechar com chave de ouro, um alerta aos pais que se orgulham de seus filhos “que não têm medo de nada”: coragem em excesso na infância pode ser sinal de problema.
Na década de 1970, um estudo avaliou 1.800 crianças de 3 anos de idade para ver como eles reagiam a um susto. Em 2009, uma psicóloga da Universidade da Pensilvânia (EUA) foi investigar o que os participantes originais estavam fazendo depois de todo esse tempo.
Ela descobriu que 137 deles tinham ficha criminal – todos estes estavam no grupo dos bebês que não demonstravam medo. Antes que você pense em mandar seu sobrinho corajoso para a prisão (por garantia, sabe como é), vale lembrar que nem todos aqueles que não demonstraram medo no estudo original se tornaram criminosos – ou, pelo menos, não foram pegos…[Cracked.com]
Agradecimentos ao leitor Diego Willrich pela dica de artigo.

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