Estar sem um emprego é uma das piores coisas que
pode acontecer a qualquer um. Ser desempregado significa depender dos outros, e
leva ao medo de ficar sem um teto, sem comida, sem vida social, sem “nada”.
E tal medo de ficar sem nada não poderia ser outra
coisa a não ser uma experiência
devastadora para as pessoas.
Apesar do Brasil estar vivendo um momento bom
economicamente – segundo o IBGE, o desemprego brasileiro caiu para 5,8% em maio
desse ano, o menor índice desde 2002, quando iniciou-se essa série histórica –
e o brasileiro médio viver feliz, sem medo do desemprego (o Índice de Medo de
Desemprego, medido trimestralmente, teve uma redução de 3,9% em março em
comparação à dezembro do ano passado; o receio de ficar desempregado vêm
diminuindo no país), não podemos nos esquecer de milhares de pessoas que estão
atualmente à procura de um trabalho.
Uma pesquisa de 2005 concluiu que os trabalhadores
desempregados engajados ativamente na procura de um trabalho são mais propensos
a ter pior saúde mental.
Segundo os psicólogos, por conta de tal
experiência, essas pessoas podem sofrer consequências mentais por um longo
tempo.
Entre os males do desemprego na saúde física e mental, os especialistas apontam: depressão, maus hábitos alimentares (comer demais por ansiedade, comer mal), estresse, ansiedade, irritabilidade, pensamentos negativos, insônia (más noites de sono), fatiga, letargia, dores no corpo, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.
Entre os males do desemprego na saúde física e mental, os especialistas apontam: depressão, maus hábitos alimentares (comer demais por ansiedade, comer mal), estresse, ansiedade, irritabilidade, pensamentos negativos, insônia (más noites de sono), fatiga, letargia, dores no corpo, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.
Ninguém ainda provou uma relação causal entre
desemprego e danos ao coração, mas uma pesquisa da Universidade Harvard (EUA),
por exemplo, mostrou que perder o emprego pode aumentar de 50 a 80% as chances
de desenvolver alguma doença como hipertensão, problemas cardiovasculares,
derrame e diabetes.
Outras pesquisas indicam que os desempregados têm
duas vezes mais chances de ter um grande episódio depressivo, além de risco
maior de cometer suicídio. O desemprego também é bastante relacionado à
violência doméstica e ao abuso do álcool.
Mais estudos sugerem que homens com filhos tendem a
ver o desemprego como uma derrota mais do que as mulheres com filhos, talvez
porque elas são mais propensas a ver a falta de um trabalho como uma
oportunidade de passar mais tempo com a família.
Além de tudo isso, os relacionamentos
pessoais podem sofrer pressão resultante do desemprego, como preocupações
financeiras em uma família. Entretanto, as taxas de divórcio são mais baixas entre os desempregados. Pesquisadores especulam que seja mais difícil para as pessoas fazer grandes decisões, como se mudar ou vender uma casa, enquanto procuram por emprego.
financeiras em uma família. Entretanto, as taxas de divórcio são mais baixas entre os desempregados. Pesquisadores especulam que seja mais difícil para as pessoas fazer grandes decisões, como se mudar ou vender uma casa, enquanto procuram por emprego.
Ainda no plano emocional, o desempregado
pode isolar-se socialmente por conta do constrangimento de sua situação. Sendo
assim, pode não sair de casa ou não fazer mais as coisas que gostava, além de
se sentir inútil, confuso ou sobrecarregado.
“Ser desempregado é realmente uma das experiências
mais difíceis, mais devastadoras que as pessoas passam”, disse Robert L. Leahy,
diretor do Instituto Americano de Terapia Cognitiva e autor do livro “The Worry
Cure” (“A Cura da Preocupação”, em tradução literal).
Como
mudar esse quadro
Pelo que vimos até agora, estar desempregado vem
com uma avalanche de outros problemas que, certamente, tem consequências na
saúde. Então o que podemos fazer por quem passa por tal situação?
Os psicólogos sugerem que amigos e familiares de
pessoas desempregadas procurem “sinais de alerta” para má saúde mental,
especialmente depressão, como tristeza, falta de energia, insônia e
irritabilidade. Alguns casos podem precisar de ajuda médica. Mas o apoio dos
mais próximos é um dos fatores mais essenciais para superar essa fase.
Aos desempregados, a dica principal é: se permitir
sentir tristeza. Como todo ser humano, você tem direito de se sentir infeliz.
Mas não se afunde nessa infelicidade; ao invés de se desesperar e pensar que
está tudo desmoronando, você pode ser mais pró-ativo e aproveitar ao máximo seu
tempo livre.
Por exemplo, você pode se dedicar a conquistar
novas habilidades e a criar uma rede de contatos. Aprender inglês, frequentar
novos círculos sociais, fazer trabalho voluntário vão lhe tornar um
profissional melhor e abrir caminhos para conhecer mais gente que possa lhe
ajudar a conseguir um novo emprego.
Outra dica é se exercitar, já que o exercício
físico libera hormônios e sensações em nosso corpo que melhoram nossa saúde
física e mental. Dividir seu tempo também é útil: programar quando vai procurar
um novo emprego, quando vai descansar, etc. Organização mantém a mente sã.
E, claro, você continua sendo uma pessoa como outra
qualquer, com as mesmas necessidades básicas: permita-se se distrair um pouco,
ter algum lazer. Ter boa autoestima também é fundamental para conseguir um
emprego.
Por último, uma dica valiosa: ser flexível. Às
vezes você não consegue um emprego na sua área, mas outras oportunidades, em
coisas que você poderia ser muito bom, estão disponíveis. Considere voltar a
estudar, aprender mais sobre carreiras que estão com bom mercado profissional,
e explorar todos os seus dons em todas as atividades que você possa gostar ou
seja capaz de dominar.[CNN, R7, UOL]
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