Você provavelmente conhece gente que se aposentou e
continuou trabalhando. Essa atitude, que contraria aquele preconceito de que
“os mais velhos têm dificuldade para fazer as coisas e aprender”, se torna mais
comum a cada dia que passa.
Em sua coluna sobre comportamento e bem-estar, a
colaboradora da CNN Amanda Enayati falou sobre como o envelhecimento e a
criatividade podem caminhar lado a lado, e ajudar as pessoas a se manterem
ativas por muitos anos.
Diante de pesquisas que mostram que pessoas mais
velhas tendem a se esquecer mais facilmente das coisas e demorar mais para
aprender, ela cita o psicólogo Timothy A. Salthouse: “Afirmações sobre o
envelhecimento cognitivo podem ser muito influenciadas tanto pelo preconceito
dos pesquisadores, quanto pelos diferentes métodos de avaliação dos dados”,
escreveu em seu livro “Major Issues in Cognitive Aging” (“Principais Questões
do Envelhecimento Cognitivo”, em tradução livre).
Seguindo esse raciocínio, a colunista destaca três
habilidades que podem ser aprimoradas com a idade: empatia, criatividade e
visão ampla.
Empatia,
ou “saber pensar como o outro”
Conforme adquirem conhecimento e experiência de
vida, as pessoas vão se tornando cada vez mais capazes de entender diferentes
opiniões e formas de pensar.
“Por terem maior capacidade de demonstrar empatia,
pessoas mais velhas podem entender melhor como estimular os outros”, diz a
professora Kathleen Taylor, da Faculdade de Santa Maria da Califórnia (EUA). Na
hora de elaborar produtos e serviços, a empatia ajuda a criar soluções mais
eficientes.
Experiência
e visão
Steve Jobs, em uma entrevista dada à revista Wired
nos anos 1990, apontou como a experiência de vida pode ser útil nas áreas de
design e criatividade: “Muitas pessoas na nossa indústria não tiveram uma
grande diversidade de experiências. Assim, não têm muitos ‘pontos’ para ligar,
e acabam vindo com soluções muito lineares e sem uma perspectiva ampla do
problema”.
“Quanto maior o entendimento de alguém sobre a
experiência humana”, disse Jobs, “melhor design nós teremos”. Esse entendimento
tende a crescer com o passar dos anos.
É claro que há o outro lado da questão: com tantas
informações acumuladas, fica mais difícil lembrar de tudo. Para a professa
Taylor, porém, só porque a informação se torna menos acessível, não quer dizer
que tenha sido perdida.
Todo esse potencial que a maturidade traz precisa
de estímulo para ser concretizado. Sem desafios, é fácil se acomodar e se
apegar a certas ideias ao invés de se arriscar a agir diferente. Como evitar
isso?
“Chacoalhe as coisas. Mantenha-se fisicamente
ativo. Continue fazendo coisas diferentes. Desafie suas crenças. Ouça
diferentes pontos de vista e aprenda a aceitá-los. Viaje. Aprenda novas
línguas”, sugere a colunista.[CNN]
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