quinta-feira, 19 de julho de 2012

O que significa a pobreza? Aléxia Gamito. Facebook


Imagine uma mulher, que vive no campo e tem três filho na primeira infância, um deles, o mais novo adoeceu e começou a tossir muito. A mãe começa a prepará-lo para levá-lo no dia seguinte para o posto médico mais próximo, que está localizado a 15 km. Na manhã seguinte, acorda muito cedo para deixar alguma coisa para os filhos mais que vão ficar em casa e sai, ainda o dia está para nascer. Coloca o filho nas costas e caminhar cerca de três ou quatro horas para chegar ao posto. Lá encontra uma longa fila de cerca de 200 pessoas, é obrigada a ficar ao sol, sentada no chão, sem abrigo, procurando ocupar a primeira vaga de sombra em baixo da árvore. E aguarda a sua vez com paciência. O que acaba por acontecer depois de algumas horas de espera. A enfermeira cansada e já com pouca paciência escuta-a a descrever a doença de seu filho. A enfermeira sem se preocupar em fazer qualquer exame - nota que a mãe não tem condições de pagara a “gasosa” -, rapidamente esboçada uma receita em um pedaço de papel, que lhe diz para apresentar ao técnico da farmácia. A mãe não sabe ler e não sabe o que está escrito na receita, hesitante entrega ao técnico. Este pega na receita, e em silêncio serve uma colher de xarope e dá a criança, não pode dar o frasco de xarope para que ela possa continuar o tratamento em casa, pela simples razão de que não possuir quantidade suficiente de medicamentos para todos os pacientes, diz-lhe, portanto, para regressar no dia seguinte para tornar a próxima colherada. A mulher reluntante e cansada regressa dolorosamente para casa, faz as três horas de caminhada. Em casa, coloca a criança para descansar, mas ainda tem que preparar as refeições da família e preparar tudo para regressar no dia seguinte. No dia seguinte repete o mesmo percurso sob o mesmo sol, para a mesma fila, e receber a mesma colher. Depois de três dias, de sol da fadiga da viagem e vendo o filho a piorar e as reservas em casa a escassearem, vê-se obrigada a fazer uma decisão difícil: continuar a fazer a dura jornada que a impede de ir fazer o seu negócio por um tratamento que não esta a resultar ou ir buscar a lavra, fazer o seu negócio e conseguir o sustento para os filhos. Acaba pensando que não vale a pena continuar a lutar por um tratamento que não esta a resultar, acaba por pensar que não vale a jornada por uma colher de xarope e em desespero vai em busca da ajuda de um curandeiro da região. Mas a posto médico vai ganhar a possibilidade de dar a colher de xarope para dar a outra pessoa.

Reconhece alguma verdade nesta história? Se sim, como pensa ser possível mudar esta realidade?
Imagem: fabianaveras.blogspot.com

Sem comentários:

Enviar um comentário