Imagine uma mulher, que vive no campo e tem três
filho na primeira infância, um deles, o mais novo adoeceu e começou a tossir
muito. A mãe começa a prepará-lo para levá-lo no dia seguinte para o posto
médico mais próximo, que está localizado a 15 km. Na manhã seguinte, acorda
muito cedo para deixar alguma coisa para os filhos mais que vão ficar em casa e
sai, ainda o dia está para nascer. Coloca o filho nas costas e caminhar cerca
de três ou quatro horas para chegar ao posto. Lá encontra uma longa fila de
cerca de 200 pessoas, é obrigada a ficar ao sol, sentada no chão, sem abrigo,
procurando ocupar a primeira vaga de sombra em baixo da árvore. E aguarda a sua
vez com paciência. O que acaba por acontecer depois de algumas horas de espera.
A enfermeira cansada e já com pouca paciência escuta-a a descrever a doença de
seu filho. A enfermeira sem se preocupar em fazer qualquer exame - nota que a mãe
não tem condições de pagara a “gasosa” -, rapidamente esboçada uma receita em
um pedaço de papel, que lhe diz para apresentar ao técnico da farmácia. A mãe
não sabe ler e não sabe o que está escrito na receita, hesitante entrega ao
técnico. Este pega na receita, e em silêncio serve uma colher de xarope e dá a
criança, não pode dar o frasco de xarope para que ela possa continuar o
tratamento em casa, pela simples razão de que não possuir quantidade suficiente
de medicamentos para todos os pacientes, diz-lhe, portanto, para regressar no
dia seguinte para tornar a próxima colherada. A mulher reluntante e cansada
regressa dolorosamente para casa, faz as três horas de caminhada. Em casa,
coloca a criança para descansar, mas ainda tem que preparar as refeições da
família e preparar tudo para regressar no dia seguinte. No dia seguinte repete
o mesmo percurso sob o mesmo sol, para a mesma fila, e receber a mesma colher.
Depois de três dias, de sol da fadiga da viagem e vendo o filho a piorar e as
reservas em casa a escassearem, vê-se obrigada a fazer uma decisão difícil:
continuar a fazer a dura jornada que a impede de ir fazer o seu negócio por um
tratamento que não esta a resultar ou ir buscar a lavra, fazer o seu negócio e
conseguir o sustento para os filhos. Acaba pensando que não vale a pena
continuar a lutar por um tratamento que não esta a resultar, acaba por pensar
que não vale a jornada por uma colher de xarope e em desespero vai em busca da
ajuda de um curandeiro da região. Mas a posto médico vai ganhar a possibilidade
de dar a colher de xarope para dar a outra pessoa.
Reconhece alguma verdade nesta história? Se sim, como pensa ser possível mudar esta realidade?
Reconhece alguma verdade nesta história? Se sim, como pensa ser possível mudar esta realidade?
Imagem: fabianaveras.blogspot.com
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