Está na Wikipédia: Coitus reservatus, ou “karezza”,
é a relação sexual na qual o homem evita a ejaculação propositalmente,
interrompendo a penetração sempre que sente que está quase lá, para então
recomeçar do zero. Esta orientação, que vai pela contramão do que a maioria das
culturas pelo mundo define como o auge do prazer masculino durante o ato, tem
sido mais defendida nos últimos tempos.
O conceito foi criado ainda no final do século XIX,
por uma médica americana chamada Alice Stockham. À frente de seu tempo, Alice
já externava sua preocupação quanto ao controle de natalidade, e sugeriu pela
primeira vez que poderia haver benefícios em uma relação carnal sem o clímax
(embora este não seja exatamente o conceito de “coito interrompido”, no qual o
homem ejacula fora da vagina para evitar gravidez). Ela chegou a ser processada
pela justiça americana por tentar ensinar esta prática para a população!
Karezza?
Se você imaginou que este é mais um vocabulário de
um daqueles manuais de Kama Sutra, enganou-se. A palavra não tem origem
oriental, mas sim italiana. “Carezza”, na língua da velha bota, significa
“carícia”.
Esta é a ideia principal da, digamos, técnica:
valorizar o carinho e afeição entre homem e mulher. Os especialistas afirmam
que é possível condicionar o corpo para que haja mais prazer no “antes” e no
“durante” no sexo, ao invés de deixar os sentidos esperando apenas o orgasmo
como ponto final.
Além do
prazer propriamente dito
As vantagens desse tipo de coito, de acordo com os
médicos, não se restringem à sensação momentânea. Os hindus, por exemplo, o
consideram como um aproveitamento espiritual e meditativo do sexo.
Por esta razão, existem correntes culturais, na
Índia, na qual se valorizam posições e movimentos que dificultem a ejaculação,
que chega a ser vista como sinal de fraqueza: o homem não consegue se
controlar.
A técnica da “Karezza” também é vista, por alguns
médicos, como possível cura para disfunção erétil nos homens e falta de desejo
nas mulheres. Segundo esta linha de raciocínio, os problemas na cama de um
casal já não tão jovem começam em uma limitação física, mas são agravados pelo
lado emocional.
Em outras palavras, o casal não está acostumado a
extrair prazer do sexo senão pela via do orgasmo. Eles desprezam o amor e
envolvimento que existem durante o processo, e enxergam essa etapa apenas como
um caminho até o clímax. Quando ele passa a não ser atingido tão facilmente,
homem e mulher se frustram por não chegar lá. E tudo o que vem antes fica
automaticamente comprometido.
Hormônio
do amor
A oxitocina, o mesmíssimo hormônio responsável
pelas contrações uterinas da mulher na hora de ganhar um nenê, desempenha na
relação sexual um papel mais decisivo do que os cientistas julgavam há até
alguns anos. Pode-se liberar, com a técnica do “Karezza”, altas doses de
oxitocina pelo corpo, tanto no homem quanto na mulher. Dá tanto ou mais prazer
que a ejaculação das partes.
E qual o segredo para fazer um sexo regado a
oxitocina? Basta seguir a cartilha do “karezza”: valorizar no parceiro o beijo,
o olhar, a respiração, fazer massagens, sentir os batimentos, acariciar as
partes íntimas sem pressa e sentir o corpo do parceiro por completo.
Que a penetração não seja a protagonista, mas
apenas um elemento a mais no repertório do casal. Sem ejaculação, o sexo pode
ser retomado e retomado, por várias vezes. A “fronteira final”, representada
pelo orgasmo, se perde, e o ato de fazer amor passa a ser uma cadeia contínua
de prazer por quanto tempo o casal desejar. [Daily Mail/Karezza
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