O 4-MI, composto responsável pela cor do famoso
refrigerante, se tornou alvo de polêmica no Reino Unido: segundo estudos
recentes, sua concentração está muito acima de níveis “seguros” e pode causar
câncer.
Ao analisar latas de Coca-cola vendidas na região,
pesquisadores do Centro de Ciência em favor do Interesse Público encontraram
resultados preocupantes: 135 microgramas, 34 vezes mais do que na versão
comercializada na Califórnia (EUA). No Brasil, uma lata de 355 ml contém 267
microgramas – o maior encontrado na pesquisa.
Após a divulgação dos resultados, consumidores do
Reino Unido iniciaram uma campanha contra o uso do corante – obtido a partir de
reações químicas entre açúcar e amônia, e que pode causar câncer em ratos de laboratório.
“A Coca-cola está tratando seus consumidores do
Reino Unido com desdém”, acusa o coordenador da campanha Malcolm Clark. “Eles
devem respeitar a saúde de seus clientes no mundo todo, usando um corante que
seja livre de químicos reconhecidamente cancerígenos”.
Conclusão
Ratos são utilizados amplamente no meio científico
e são considerados bons análogos à fisiologia humana. Porém inúmeras drogas que
tem certo efeito nos roedores mostram não agir da mesma maneira em testes
clínicos feitos usando humanos como cobaias. Apesar de 4-MI causar câncer em
roedores não significa que ocorreria o mesmo em nós.
A Coca-cola nega que o composto seja nocivo a seres
humanos e diz que, no caso da Califórnia (onde se usa menos corante), a mudança
foi feita em respeito a leis locais e para evitar que se colocassem avisos
“cientificamente infundados” nas embalagens.
Apesar disso, ela pretende “reduzir o uso de 4-MI
no mundo todo, porque isso vai ajudar a simplificar os processos de suprimento,
produção e distribuição”, segundo nota oficial divulgada por veículos de
comunicação. Talvez a razão verdadeira seja “acalmar os consumidores”, mas
nunca saberemos.
Vai um suco aí? Só por garantia… [Mail On-Line, CSPINET, Foto]
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