Diagnosticado com um tumor inoperável no
fígado em 2005, o urologista Rami Seth, de 70 anos, recebeu a notícia de que
teria apenas mais algumas semanas de vida.
“Eu queria dizer adeus a meus amigos e minha
família, por isso organizei meu próprio velório”, contou Dr. Seth. “Eu disse a
eles: ‘alguns de vocês irão ao meu funeral e dirão coisas muito boas sobre mim,
mas eu quero ouvi-las agora’, então fizemos uma festa”.
Naquele mesmo ano, porém, seu colega de
trabalho Poulam Patel sugeriu uma última alternativa: uma droga anticâncer
desenvolvida na década de 1960, que se mostrou eficaz em apenas um de cada
cinco pacientes. Além do índice de sucesso baixo, os efeitos colaterais
intensos (sono, depressão e perda de consciência) faziam do beta interferon uma
aposta arriscada. Como nada mais havia funcionado, ele aceitou o tratamento.
Durante dez meses, Dr. Seth tomou três doses
semanais da droga. Como você, leitor, pode imaginar, o remédio funcionou: ele
criou um tecido rígido em volta dos tumores, isolando-os e possibilitando sua
remoção.
“Tem sido uma longa jornada até a
recuperação, mas eu sinto que tenho muita sorte por estar aqui e tenho vivido
meus dias ao máximo”, conta o médico, que teve de tratar um novo tumor em 2009,
mas se recupera bem e não pretende pensar em um novo velório tão cedo.[The Telegraph]
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