Tão rara que tornaria improvável a existência de seres inteligentes em outras regiões do universo.
http://www.imagick.org.br/pagmag/imagina/imagina6.html
“O aparecimento de vida inteligente na Terra foi muito mais difícil do que os cientistas sempre imaginaram”, escreveu Ernst Mayr, veterano professor da universidade americana Harvard, considerado o maior biólogo vivo, autor de um livro essencial sobre a evolução das espécies (The Growth of Bialogical Thought). “Só isso já deveria desestimular qualquer idéia a respeito de inteligência extraterrestre”, afirma Mayr.
As novas descobertas, que permitem a melhor compreensão de como funciona o cérebro e como pode ser melhorado, devem-se ao impressionante aparato tecnológico desenvolvido pela ciência nos últimos anos. São aparelhos que “lêem” o pensamento pela medição do fluxo sanguíneo e dos impulsos elétricos que trafegam pelos neurônios. Drogas que conseguem congelar determinada atividade cerebral numa cobaia, de modo que os pesquisadores possam dissecá-la para entender como se processou. Técnicas refinadas de microbiologia, que permitem analisar cada uma das estruturas microscópicas dos neurônios.
Análises genéticas, usadas para estudar a evolução do órgão nas diferentes espécies vivas. O resultado da soma de tudo isso é espetacular. “Finalmente estamos entrando dentro do cérebro”, diz o professor Gilberto Xavier, do departamento de fisiologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. “Para a ciência, a década de 90 está sendo a das descobertas sobre o cérebro. E acredito que o século XXI deverá ser o século cerebral.”
O desenvolvimento natural do cérebro se dá na mais tenra infância. Até os 8 anos, a criança já possui conectados 90% dos neurônios que carregará ao longo da vida. Aos 17 anos de idade, o cérebro humano atinge os 100% do seu estágio de crescimento. No entanto, estima-se que apenas 30% da capacidade intelectual das pessoas seja inata, determinada pela herança genética. Os outros 70% vêm do uso e do aprendizado. Isso significa que, assim como existem seres humanos mais altos ou mais velozes, existem pessoas com maior capacidade orgânica cerebral.
É isso que faz a diferença entre uma pessoa mais inteligente e outra menos. O cérebro tem milhões e milhões de células conectadas, entre si, por neurônios – os microscópicos filamentos nervosos que conduzem os sinais elétricos. Cada neurônio pode ligar-se a outras 100 000 terminações como ele. O número de combinações possíveis pode chegar quase ao infinito. As conexões entre os neurônios, por onde passa a informação cerebral, são chamadas de sinapses.
Quanto maior for seu número, mais inteligente a pessoa será. “É a capacidade humana de produzir essas combinações, a partir de dados registrados no cérebro, que podemos chamar de inteligência”, diz o fisiologista Gilberto Xavier, da Universidade de São Paulo.
Até algum tempo atrás, imaginava se que um cérebro jovem, em sua plena vitalidade biológica, fosse muito mais poderoso e criativo do que um outro já maduro e desgastado pela idade. A matemática fornecia o maior dos argumentos para os defensores dessa teoria: quase todas as grandes equações matemáticas foram propostas ou decifradas por gente com menos de 30 anos.
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“O aparecimento de vida inteligente na Terra foi muito mais difícil do que os cientistas sempre imaginaram”, escreveu Ernst Mayr, veterano professor da universidade americana Harvard, considerado o maior biólogo vivo, autor de um livro essencial sobre a evolução das espécies (The Growth of Bialogical Thought). “Só isso já deveria desestimular qualquer idéia a respeito de inteligência extraterrestre”, afirma Mayr.
As novas descobertas, que permitem a melhor compreensão de como funciona o cérebro e como pode ser melhorado, devem-se ao impressionante aparato tecnológico desenvolvido pela ciência nos últimos anos. São aparelhos que “lêem” o pensamento pela medição do fluxo sanguíneo e dos impulsos elétricos que trafegam pelos neurônios. Drogas que conseguem congelar determinada atividade cerebral numa cobaia, de modo que os pesquisadores possam dissecá-la para entender como se processou. Técnicas refinadas de microbiologia, que permitem analisar cada uma das estruturas microscópicas dos neurônios.
Análises genéticas, usadas para estudar a evolução do órgão nas diferentes espécies vivas. O resultado da soma de tudo isso é espetacular. “Finalmente estamos entrando dentro do cérebro”, diz o professor Gilberto Xavier, do departamento de fisiologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. “Para a ciência, a década de 90 está sendo a das descobertas sobre o cérebro. E acredito que o século XXI deverá ser o século cerebral.”
O desenvolvimento natural do cérebro se dá na mais tenra infância. Até os 8 anos, a criança já possui conectados 90% dos neurônios que carregará ao longo da vida. Aos 17 anos de idade, o cérebro humano atinge os 100% do seu estágio de crescimento. No entanto, estima-se que apenas 30% da capacidade intelectual das pessoas seja inata, determinada pela herança genética. Os outros 70% vêm do uso e do aprendizado. Isso significa que, assim como existem seres humanos mais altos ou mais velozes, existem pessoas com maior capacidade orgânica cerebral.
É isso que faz a diferença entre uma pessoa mais inteligente e outra menos. O cérebro tem milhões e milhões de células conectadas, entre si, por neurônios – os microscópicos filamentos nervosos que conduzem os sinais elétricos. Cada neurônio pode ligar-se a outras 100 000 terminações como ele. O número de combinações possíveis pode chegar quase ao infinito. As conexões entre os neurônios, por onde passa a informação cerebral, são chamadas de sinapses.
Quanto maior for seu número, mais inteligente a pessoa será. “É a capacidade humana de produzir essas combinações, a partir de dados registrados no cérebro, que podemos chamar de inteligência”, diz o fisiologista Gilberto Xavier, da Universidade de São Paulo.
Até algum tempo atrás, imaginava se que um cérebro jovem, em sua plena vitalidade biológica, fosse muito mais poderoso e criativo do que um outro já maduro e desgastado pela idade. A matemática fornecia o maior dos argumentos para os defensores dessa teoria: quase todas as grandes equações matemáticas foram propostas ou decifradas por gente com menos de 30 anos.
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