Cerca de quatro milhões de bebês nasceram nos EUA graças à Fertilização in Vitro desde o final da década de 1970. No último dia 4, o criador do tratamento, Robert Edwards, foi reconhecido com o Prêmio Nobel de Medicina, chamando a atenção para o assunto novamente. Quão longe foi a Fertilização in Vitro ao longo desses anos e qual é o futuro de tal tecnologia reprodutiva?
A declaração da Assembleia Nobel do Instituto Karolinska em Estocolmo, na Suíça, classificou as contribuições de Edwards como um marco da medicina moderna: “um novo campo da medicina emergiu, com Robert Edwards liderando o processo desde as descobertas fundamentais até a atual e bem sucedida terapia de Fertilização in Vitro”.
Edwards começou a pesquisa-la como um tratamento para a infertilidade no começo da década de 1950, e o primeiro bebê nascido como resultado da técnica veio ao mundo em 25 de julho de 1978. Desde então, alguns bebês concebidos in Vitro já se tornaram, eles mesmos, pais, de acordo com o Centro Nacional de Informação de Biotecnologia.
De fato, o primeiro bebê “cobaia” da Fertilização in Vitro, Louise Brown, tem hoje 32 anos e sua própria família. “(o prêmio entregue a Edwards) É uma ótima notícia; eu e minha mãe ficamos muito felizes por um dos pioneiros da Fertilização in Vitro ter alcançado o reconhecimento que merece. Nós temos muito carinho pelo Bob”, disse Brown em uma declaração divulgada pela Bourn Hall Clinic em Cambridge, Inglaterra, a primeira clínica de Fertilização in Vitro do mundo.
Durante o tratamento, os médicos iniciam o processo de ovulação feminina usando medicações hormonais, e retiram os óvulos do ovário, que são incubados junto com o líquido seminal por alguns dias, durante os quais eles, idealmente, serão fertilizados. Então os médicos selecionam os óvulos fertilizados por sua qualidade e implantam os mais promissores para gerar uma gravidez no útero da paciente.
Hoje, a Fertilização in Vitro é o método mais comum e eficaz em termos de reprodução assistida, de acordo com a Mayo Clinic. Segundo Frederick Licciardi, um especialista em ciência reprodutiva e sócio fundador do Centro de Fertilidade da Universidade de Nova York, aproximadamente 50 mil bebês nascem como resultado da técnica a cada ano, apenas nos EUA, Para ele, o esperado é que mais e mais pacientes se submetam ao tratamento de infertilidade conforme ele se torna cada vez mais aceito pelos planos de saúde.
“Até que encontremos outras curas para a infertilidade básica, a Fertilização in Vitro vai continuar a crescer em popularidade”, afirma o especialista. “Como os planos de saúde continuam a expandir a cobertura, mais pessoas podem bancar um tratamento desse tipo. Contudo, ainda existe um número muito grande de pessoas que não tem acesso a ele por causa do custo”.
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