Mais distante das ficções cientificas e mais próxima da vida real, a criogenia pode se tornar uma prática comum em breve. Recentemente, nasceu um menino saudável a partir de um embrião congelado há 20 anos. Até agora, nenhum embrião congelado por tanto tempo tinha resultado em um nascimento.
A mãe da criança, com 42 anos, tinha tentado engravidar através de fertilização in vitro dez anos atrás. O que aconteceu foi que, na época, ela e o marido receberam embriões de um casal que tinham se submetido a fertilização in vitro. Esse casal conseguiu ter um filho em 1990, e doou anonimamente os embriões que sobraram. Isso significa que a última criança que nasceu tem um irmão em algum lugar, que foi concebido ao mesmo tempo, mas que é 20 anos mais velho.
Embriões congelados são uma espécie de nova fronteira ética na fertilização in vitro – algo não previsto em 1978, quando nasceu o primeiro bebê de proveta do mundo. Por causa dos medicamentos para a fertilidade e das técnicas de laboratório cada vez melhores, o ciclo médio agora rende mais embriões do que antes. Muitos acabam sendo congelados, e se mantém bem preservados.
Porém, as implicações éticas e práticas de manter “seres humanos em potencial” congelados estão se tornando mais claras. Por exemplo, está ficando comum casais divorciados lutarem pelos embriões congelados. Outro fato que ocorreu em 2007 foi que uma mãe congelou óvulos para sua filha, então com sete anos, que nasceu com uma condição que poderia torná-la infértil. O óvulo da mãe ficou guardado para o caso da filha um dia querer ter um filho, porém, ela daria à luz ao seu meio-irmão ou meia-irmã.
O lapso de tempo entre a concepção e o nascimento de embriões congelados também está se tornando um fato a ser estudado. Anteriormente, o detentor do recorde era um bebê nascido de um embrião que tinha sido congelado há 13 anos. [POPSCI]
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