O Índice Global da Fome 2010 mostra que crianças são metade das pessoas que estão passando fome no mundo . Um bilhão de pessoas no mundo estavam subnutridas em 2009, segundo o novo relatório. Os dados mais recentes, desse ano, ainda não estão completos.
A ONU define a fome como o consumo de menos de 1.800 quilocalorias por dia, o mínimo necessário para viver uma vida saudável e produtiva. Apesar do número de pessoas subnutridas no mundo ter caído entre 1990 e 2006, e da tendência continuar sendo essa, a diminuição é muito lenta, com inadmissíveis mais de um bilhão de pessoas famintas hoje.
O Índice Global de Saúde (IGS) é calculado para 122 países em desenvolvimento e transição. 29 deles, principalmente na África Subsaariana e no sul da Ásia, têm níveis de fome descritos como “extremamente alarmantes” ou “alarmantes”.
O IGS mostra o aumento da fome em nove países: Coréia do Norte e oito países africanos sub-saarianos. A República Democrática do Congo foi o país que teve o maior aumento; a fome subiu mais de 65%. A crise global dos preços dos alimentos e a recessão mundial podem ter contribuído para o recente aumento.
A pontuação é baseada na proporção de pessoas com deficiências calóricas, a proporção de crianças menores de cinco anos abaixo do peso, e a taxa de mortalidade infantil.
Crianças menores de dois anos são consideradas em maior risco. A desnutrição nesta fase prejudica o desenvolvimento físico e mental da criança, e seus efeitos são em grande parte irreversíveis, causando danos ao longo da vida.
Os autores do relatório convidam às nações a combater a desnutrição infantil, a fim de reduzir a fome global. Em alguns países da África Subsaariana, por exemplo em Burundi e em Madagascar, cerca de metade das crianças têm crescimento retardado devido a falta de acesso a uma alimentação adequada.
Os autores argumentam que a melhoria da nutrição infantil é o que teria o maior efeito na redução da fome global. Eles estimam que a desnutrição infantil possa ser reduzida cerca de um terço, proporcionando melhores cuidados de saúde e nutrição não só para crianças, mas também para as mães durante a gravidez e a amamentação.
Os autores do relatório também dizem que a redução da fome global irá melhorar significativamente a produtividade e o desenvolvimento econômico. [BBC]
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