Os poetas do romantismo brasileiro, como Álvares de Azevedo, falavam muito sobre a dor do amor. Mas cientistas agora descobrem que, apesar do amor poder causar algum desconforto emocional quando não é correspondido, pode também aliviar os desconfortos físicos.
De acordo com o cientista responsável pela descoberta, Sean Makey, da Universidade de Stanford, o amor ativa um sistema primitivo dos nossos organismos que causa um impacto direto na forma com que sentimos dor.
Para investigar esse efeito “analgésico” da paixão, Makey analisou 15 estudantes da universidade, que diziam estar “loucamente apaixonados”. Cada estudante deveria trazer uma foto da pessoa pela qual estava apaixonado e outra imagem de uma pessoa conhecida que eles achavam atraente, mas que não tinha nenhuma ligação romântica com eles.
Os participantes do estudo, durante os testes, deveriam segurar um bloco que podia ficar muito quente ou muito frio de acordo com a regulagem feita pelos cientistas, causando dor ou não. Enquanto seguravam o bloco, eles deviam olhar para a foto do seu amigo atraente ou do “amor da sua vida”. Depois os estudantes deveriam dizer quanta dor sentiram.
Os resultados mostraram que a foto da pessoa amada realmente diminuía a sensação de dor, coisa que não acontecia quando os estudantes olhavam para seu conhecido atraente.
De acordo com Makay ainda é muito cedo para que os médicos receitem “se apaixonar” para seus pacientes, mas ele acredita que o estudo pode ter implicações clínicas. [NewScientist]
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