Cientistas descobriram uma técnica que parece
ótima para melhorar as notas de pessoas de todas as idades no colégio ou
faculdade. Uma nova pesquisa mostrou que estimular algumas partes do cérebro
com pequenos choques elétricos pode impulsionar a aprendizagem e a capacidade
de memória das pessoas.
A técnica, conhecida como estimulação
transcraniana por corrente contínua (ETCC), tem sido utilizada para tratar a
disfunção cognitiva em pacientes com lesão cerebral, acidente vascular cerebral
e pessoas com dificuldades de aprendizagem.
No entanto, pesquisadores da Universidade de
Oxford descobriram que a técnica também pode ajudar a melhorar habilidades de
adultos saudáveis. Uma série de experiências em voluntários saudáveis testou o
quão bem eles solucionavam problemas de matemática e linguística antes e depois
da ETCC.
Eletrodos foram amarrados às cabeças dos
participantes fornecendo pequenas correntes elétricas para partes individuais
do cérebro com rajadas de até 20 minutos.
Os resultados mostraram que o tratamento
melhorou a tomada de decisões, a resolução de problemas de linguagem e
matemática, a memória e a capacidade de atenção dos voluntários. Os efeitos
positivos podem durar até um ano, de acordo com os pesquisadores.
É claro que isso não é nenhuma pílula mágica
como as que você encontra em filmes de Hollywood – o tratamento não transforma
ninguém em um Einstein em um dia. Ainda sim é necessário trabalhar duro. Mas o
tratamento ajuda a você fazer isso melhorando seu desempenho.
Aparentemente não há efeitos secundários
negativos com o tratamento, se ele for aplicado corretamente. Capaz de ser
administrado através de dispositivos portáteis no valor de aproximadamente 1,4
mil reais, a pesquisa indica que o tratamento pode ser amplamente disponível no
futuro para melhorar o desempenho acadêmico das pessoas, incluindo crianças em
idade escolar.
No entanto, o médico Cohen Kadosh alertou que
como a tecnologia é nova, não existem regras de treinamento ou licenciamento
para ela, o que poderia levar ao mau uso por médicos não qualificados no
tratamento, podendo causar dano cerebrais em pacientes. [Telegraph]
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