Centro terapêutico de Unaí onde pacientes eram
torturados é interditado pela JustiçaSegundo, investigações do Ministério
Público pacientes eram torturados e agredidos no local, que funcionava
ilegalmente como clínica psiquiátrica
Uma comunidade terapêutica que funcionava
ilegalmente como clínica psiquiátrica em Unaí, Região Noroeste de Minas Gerais,
foi interditada provisoriamente. A Justiça deferiu uma liminar impetrada pelo
Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que instaurou um inquérito para
investigar o caso. Durante as apurações, foi constatado que pacientes sob
custódia da clínica eram agredidos fisicamente no local. Funcionários chegaram
a torturar pessoas utilizando choque elétricos.
Com a decisão da Justiça, o centro está proibido de
admitir novos pacientes. Também ficou determinado que os internos sejam
entregues aos familiares ou responsáveis legais.
Segundo o MPMG, as investigações começaram em março
deste ano após a promotoria da cidade ter acesso a um boletim de ocorrência que
relatava a agressão sofrida por um dos internos por parte do proprietário do
local e por monitores, que também são pacientes em tratamento. A vítima
foi ouvida e afirmou que outro interno estava sofrendo torturas. O adolescente
também foi ouvido e confirmou os relatos. “Os pacientes eram agredidos com
chutes, socos, como castigo por comportamento ‘impróprios’. A tortura foi
identificada com relação a apenas um dos interno, e consistiu, em tese, em
choques, tendo sido colocados os pés da pessoa dentro de uma bacia com água e
colocados fios elétricos na água”, afirma a promotoria de Justiça Andréa
Barcelos, autora da Ação Civil Pública.
Um relatório da Vigilância Sanitária constatou que
a clínica, que tem capacidade para 28 pessoas com transtornos decorrentes do
uso de substâncias psicoativas, estava com 43 internos. Outras irregularidades
constatadas foram a falta de uma equipe mínima de médicos e enfermeiros
especializados, a aplicação forçada e a falta de controle adequado de medicamentos
e a internação involuntária sem autorização legal para isso.
Segundo a promotora, a clínica tinha autorização
para funcionar apenas como comunidade terapêutica, que somente deve trabalhar
com internações voluntárias, tendo o tratamento por base os 12 passos do
Narcóticos Anônimos. Porém, realiza internações involuntárias (contra a vontade
do paciente), sem prévio encaminhamento médico. O local funcionava como uma
clínica psiquiátrica, sem autorização e contrariando a lei antimanicomial (Lei
10.216/01).
O MP ainda vai ouvir mais pessoas envolvidas no
caso, pois após a veiculação de notícias sobre as agressões, outros informações
de internos agredidos na clínica chegaram até a promotoria. As vítimas serão
interrogadas e os depoimentos serão juntados a ação.
pra que issotudo seus covardes
ResponderEliminarisso e verdade mesmo poiscom minha irma isso aconteceu a gente presencior
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