7 – Somos fracotes
Mesmo aqueles caras que gastam horas na academia e
viram “montanhas de músculos” correriam o
risco de passar vexame em uma briga com chimpanzés: esses animais, embora
tenham uma musculatura muito similar à nossa, são normalmente duas a três vezes
mais fortes do que os humanos de mesmo tamanho, explica Kevin Hunt, diretor do
Laboratório de Origem Humana e Evolução de Primatas da Universidade de Indiana
(EUA).
O próprio Hunt foi superado em uma disputa de força
com uma chimpanzé de míseros 36 quilos, durante uma excursão em uma floresta
africana: com apenas três dedos, ela conseguiu quebrar um galho de árvore
resistente, enquanto Hunt teve de usar as duas mãos e toda a sua força para
repetir a façanha.
6 – Destros e canhotos
Nove em cada dez pessoas são destras. Mais curioso
do que essa diferença é o fato de sermos mais habilidosos com uma mão, para
começo de conversa (há pessoas ambidestras, mas são muito raras). Uma das
teorias mais comuns é a de que o centro da fala, localizado no lado esquerdo do
cérebro (que exerce maior controle sobre o lado direito do corpo), exige mais
conexões nervosas e, como consequência, faz com que a mão direita predomine na
maioria das pessoas. O problema com essa teoria é o fato de que nem todos os
destros possuem o centro da fala no hemisfério esquerdo, enquanto metade dos
canhotos possui.
5 – Seios em evidência
Nos estágios finais da gravidez e logo após o
nascimento do filho, os seios das mulheres acumulam leite para alimentar a
criança. Até aqui, nada de anormal. O curioso é que, mesmo após o período de
amamentação, os seios continuam em evidência – além disso, mulheres que nunca
tiveram filhos também podem ter seios grandes. No mundo científico, não há
consenso sobre o motivo por trás dos “seios permanentemente em evidência” – a
hipótese de que são uma vantagem evolutiva para atrair um possível companheiro
não é infalível, já que há muitas culturas em que seios grandes não são
considerados atraentes.
4 – Pelos
Há milênios os seres humanos não dependem de seus
pelos corporais para se manter aquecidos, e ainda assim esse traço fisiológico
sobrevive. Alguns cientistas acreditam que os pelos são um sinal de maturidade
sexual e podem ajudar no jogo da conquista. Para outros, seriam uma forma de
proteger as “partes baixas”. Seja qual for a explicação, muita gente gostaria
de se ver livre deles.
3 – Colônias ambulantes
Curiosamente, boa parte do seu corpo não é formada
por, digamos, você: para
cada uma de suas células, há dez micróbios em seu organismo – juntos, eles
constituem de 1 a 3% do seu peso corporal. Existem bactérias que combatem
micro-organismos nocivos, ou ajudam na digestão, enquanto muitas outras
contribuem de modo desconhecido para o funcionamento do nosso organismo. Por
sinal, quando ficamos doentes e tomamos antibióticos, corremos o risco de
atacar não apenas as bactérias nocivas, mas as nossas “bactérias amigas”
também.
2 – O apêndice
Ao lado dos sisos e do dedo mindinho, o apêndice
figura naquela lista de partes do corpo cuja utilidade real permanece
desconhecida. Há pesquisadores, porém, que consideram isso uma injustiça, e
buscam descobrir para que serve esse órgão subestimado. Alguns sugerem que ele
pode contribuir para o desenvolvimento do sistema imunológico durante a fase
fetal. Outros apontam que o apêndice armazena bactérias importantes para o
processo digestivo, uma espécie de reserva para o caso de alguma doença atacar
a flora intestinal.
1 – Você
No fim das contas, talvez o
fato de um amontoado de partículas ter se juntado para formar uma criatura
pensante seja o maior mistério do corpo humano – e um dos maiores já analisados
pela humanidade. Há bilhões de anos, estas mesmas partículas que constituem seu
cérebro formavam estrelas,
vagavam pelo espaço durante incontáveis milênios e hoje estão aqui, reunidas,
enquanto você lê esta matéria. Poético, não? [Life's Little Mysteries]
Sem comentários:
Enviar um comentário