Uma nova pesquisa converteu células da pele
diretamente em células que se desenvolvem nos principais componentes do
cérebro.
O experimento, feito com ratos, pulou a etapa
do processo com células-tronco. Eles disseram a experiência tem potenciais usos
médicos, mas muitos mais testes são necessários antes que a técnica possa ser
usada na pele humana.
Células-tronco, que podem se transformar em
qualquer tipo de célula, são uma promessa enorme em uma série de tratamentos.
Uma das grandes questões desse campo é onde obter as células. Células-tronco embrionárias invocam questões éticas, e pacientes precisariam tomar medicamentos imunossupressores se qualquer tecido com células-tronco não correspondesse às seus próprios.
Uma das grandes questões desse campo é onde obter as células. Células-tronco embrionárias invocam questões éticas, e pacientes precisariam tomar medicamentos imunossupressores se qualquer tecido com células-tronco não correspondesse às seus próprios.
Um método alternativo tem sido retirar
células da pele e reprogramá-las em células-tronco “induzidas”. Isso pode ser
feito a partir de células do próprio paciente, no entanto, o processo resulta
na ativação de genes causadores de câncer.
Agora, pesquisadores americanos estão
investigando uma outra opção – a conversão das células da pele de uma pessoa em
células especializadas, sem criar células-tronco”induzidas”.
Eles transformaram as células da pele de
ratos diretamente em neurônios, criando células “precursoras neurais”, que
podem se desenvolver em três tipos de células do cérebro: neurônios, astrócitos
e oligodendrócitos.
Essas células precursoras têm a vantagem de
que, uma vez criadas, podem ser cultivadas em laboratório em números muito
grandes, uma vantagem em tratamentos.
Células do cérebro e células da pele contêm a
mesma informação genética, no entanto, o código genético é interpretado de
maneira diferente em cada uma. Isto é controlado por “fatores de transcrição”.
Os cientistas usaram um vírus para infectar
as células da pele com três fatores de transcrição conhecidos pelos seus altos
níveis em células precursoras neurais. Depois de três semanas, cerca de uma em
10 das células tornaram-se células precursoras neurais.
As células se integraram nos cérebros dos
ratos e produziram uma proteína importante para a condução do sinal elétrico
pelos neurônios.
Os pesquisadores disseram que mais pesquisas
precisam avaliar a segurança e eficácia do método, mas seu potencial é grande.
O estudo abre a porta para considerar novas formas de regenerar neurônios
danificados.[BBC]
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