A medicina a chama de remissão. Basicamente, isso é um estado de saúde no qual uma doença fica aparentemente inerte e sem nenhum sintoma na pessoa, mas não deixa de existir. É comum em grávidas, especialmente quando se trata de doenças auto-imunes (aquelas em que as células de defesa atacam o próprio organismo, sem motivo aparente), que são especialmente perigosas nesse período. Cientistas da Universidade de Michigan (EUA) fizeram um estudo para descobrir porque é comum as mulheres entrarem nesse estado de remissão quando estão esperando um bebê.
A chave para entender o motivo seria uma proteína, chamada de piruvato-quinase. Essa enzima é parte fundamental no sistema imunológico, e a falta dessa substância no organismo é muito perigosa, pelo seguinte motivo: sem ela, o sistema imunológico não funciona com a mesma eficiência, o que abre espaço para a ação das doenças auto-imunes. Assim, o corpo combate essas doenças apenas pela metade, o que leva o corpo ao estado de remissão: a doença foi aparentemente combatida, mas na verdade ainda existe e pode voltar mais forte ainda depois.
Por essa razão, os médicos apontam para a importância da descoberta, já que a partir dela podem se desenvolver tratamentos para suprir o organismo das grávidas com piruvato-quinase. Essa proteína tem um decréscimo natural em gestantes, por isso a preocupação especial com elas. Descobriu-se essa carência da proteína a partir de testes de comparação, nos quais os organismos de 46 mulheres grávidas foram analisados ao lado de não-gestantes. O desenvolvimento de novos medicamentos nesse sentido pode ajudar a preservar a saúde das futuras mães no mundo todo. [Science Daily]
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