O sal pode ser sentido mais fortemente por algumas pessoas e menos por outras. É o que aponta uma pesquisa da Universidade Penn State (na Pensilvânia, EUA), sugerindo que essa “receptividade” ao sal pode levar a alguns problemas de saúde. Quem sente o gosto de sal muito forte tende a consumir menos. Quem quase não o sente, tende a consumir mais – e aí mora o grande perigo.
Nos últimos anos, o excesso de sal na alimentação tem se tornado um vilão, condenado por médicos e nutricionistas. Ele é apontado como um perigo para elevar a pressão sanguínea a níveis alarmantes. Com isso, restaurantes e donas-de-casa estão sendo aconselhados a reduzir tanto quanto possível a quantidade de sal na comida.
Nos Estados Unidos, onde foi feita a pesquisa, a média de consumo de sal é de duas a três vezes mais do que o recomendado para a boa saúde. Os cientistas chamaram 87 participantes (45 homens e 42 mulheres), e fizeram experimentos com degustação de alimentos.
Com base nas descrições, de entrevistas com nutricionistas e da coleta de substâncias químicas, foi medido o nível de cada pessoa de sentir um composto chamado propiltiouracil, que em excesso pode causar problemas no fígado. A partir dessa receptividade, as pessoas foram divididas em três grupos: “super-provadores” (que sentiam o gosto do sal excessivamente), “provadores médios” e “não provadores” (para quem a comida salgada é quase amarga).
E essa receptividade ao sal é geralmente genética. Por isso, os cientistas dão a recomendação: diminuir o consumo de sal pela leitura do rótulo dos alimentos e procurar produtos que contenham menos de 480 miligramas de sódio por porção. Se você é um “não-provador”, ou seja, precisa por muito sal na comida para sentir alguma coisa, cuidado. Mais vale uma comida não tão gostosa do que um ataque cardíaco, devido à elevação da pressão.[Live Science]
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