A malária matou mais de 8 mil angolanos em 2009, segundo o coordenador do programa nacional, Filomeno Fortes.
O país registou 3.126.241 casos da doença neste ano, de acordo com o responsável, que falava esta segunda-feira sobre “a situação da malária em Angola, plano estratégico nacional”.
http://www.apostolado-angola.org/articleview.aspx?id=3976
A transmissão não é uniforme, existindo províncias mais endémicas que outras. O médico citou Benguela pelo facto de representar 28 por cento dos casos registados em 2009.
Uma das principais causas é o facto de que em Angola existir as duas espécies de mosquito mais violentos a nível mundial, o mosquito anófel gigante e o anófel esponestes, que conseguem adaptar-se em várias circunstâncias, vivendo dentro ou fora de casa e alimentando-se também de sangue de animais.
“O mosquito é o vector da Malária e o agente transmissor é o parasita ou plasmodio. Em Angola temos 4 espécies de parasita, e destas existe o plasmódio palciparo, que é o que dá a malária grave e complicada, como a cerebral e as anemias”, explicou.
Com essas características, o país se divide em 3 zonas, existindo as que têm condições atmosféricas para transmissão do plasmódio, àquelas que devido às condições climáticas e ecológicas a transmissão é bem mais reduzida, mas também com alguma intensidade, e as províncias do sul, as consideradas de risco de epidemia.
A exemplo da primeira zona, disse ter havido épocas em que na província de Cabinda se podia encontrar 70 ou 80 crianças portadoras do parasita, felizmente não é a situação actual.
Angola está na fase de controlo e pretende até 2015 chegar a fase de eliminação, prevendo assim a erradicação até 2030.
Filomeno Fortes revelou igualmente os avanços e objectivos da luta contra a malária, considerando haver melhorias nos esforços do governo, com o aumento de financiamentos dos parceiros.
O Ministério da Saúde tem como objectivo, até 2012, reduzir em 60 porcento o impacto da malária no país, a cobertura de 80 porcento dos menores de 5 anos e mulheres grávidas com malária, entre outras acções.
O tratamento preventivo na grávida, o teste rápido, o uso da rede de mosquiteiros, bem como o controlo integrado do vector são outros dos objectivos do Ministério da Saúde.
Em 2008, o país registou 3.428.547 casos.
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