A nova estação de metrô da capital russa se chama Dostoevskaya, em homenagem ao autor Fyodor Dostoevsky. Ela é repleta de mosaicos em tons de cinza com cenas das histórias de Dostoiévski, caracteristicamente obscuras e violentas. Uma das imagens mostra o protagonista do livro “Crime e Castigo” assassinando duas mulheres com um machado, e outra mostra um homem apontando uma arma para sua cabeça.
Essa obra de arte tem chamado a atenção de profissionais da saúde mental e aficionados: será que ela poderia encorajar um comportamento suicida?
É cedo pra dizer, mas os psiquiatras garantem que uma imagem de alguém com uma arma apontada para sua cabeça é problemática e pode ser convidativa ao suicídio.
Imagens de suicídio, seja na arte, no cinema ou em qualquer mídia, podem fazer o ato parecer mais real para pessoas vulneráveis, que provavelmente sofrem de depressão ou outras doenças mentais. Mas não podemos culpar de todo o mosaico: obras de arte geralmente só afetam pessoas que já estão em situação de risco.
Os meios de comunicação podem levar a imitação de comportamentos suicidas. Instituições contra o suicídio pedem que a mídia não revele fotos ou detalhes do evento, e nem “glamorize” artistas que se suicidaram, para não estimular outras pessoas a copiar o comportamento.
Além disso, há casos em que vidas foram salvas por se restringir o acesso a um método de suicídio – por exemplo, colocando barreiras
Segundo os psiquiatras, ainda mais importante é reduzir o estigma sobre problemas de saúde mental. Dessa forma, mais pessoas podem conseguir a ajuda que precisam. [CNN]
Sem comentários:
Enviar um comentário