Um recém-nascido não nasce com o mesmo cérebro que o acompanhará na vida adulta. A razão para isso é muito simples, ao dar à luz, um cérebro de tamanho adulto nem passaria pelo quadril da mão no parto – ou pelo menos não passaria com a mesma facilidade. Como o cérebro de um bebê é muito pouco desenvolvido, algumas áreas são mais desenvolvidas do que outras no nascimento, e a “escolha” para essas áreas não é ao acaso: é devido às primeiras necessidades da criança – por exemplo, a visão, já que ela deve reconhecer seus pais desde o princípio.
Com o passar dos anos, as áreas do cérebro vão se desenvolvendo, cada uma ao seu ritmo. Uma recente pesquisa da Universidade de Washington (EUA) enunciou que o desenvolvimento do cérebro de uma criança pode ser comparado à progressão do cérebro do homo sapiens ao longo dos milhões de anos de evolução.
A teoria, no fundo, é simples: eles perceberam que, no cérebro de macacos, as áreas mais desenvolvidas são praticamente as mesmas do que no cérebro de bebês. Com o passar do tempo, nós humanos adquirimos habilidades de linguagem, raciocínio e outras mentais funções avançadas (de responsabilidade do córtex cerebral, que é uma área incipiente no nascimento e a campeã de crescimento e aperfeiçoamento nos anos de infância), que vão além da capacidade dos macacos – e dos bebês.
Assim, da mesma maneira que nosso cérebro ganhou recursos ao longo de milhões de anos para que pudéssemos nos tornar os primatas inteligentes que somos hoje, o cérebro de uma criança vai evoluindo até que ela possa ter as faculdades mentais de um adulto. [Live Science]
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