sexta-feira, 9 de julho de 2010

Os poderes do alho. Os próprios médicos de campanha utilizavam uma pasta de alho para tratar os ferimentos infectados dos soldados


O alho é uma das muitas plantas reconhecidas pelo seu poder medicinal. O alho, da família das Liliáceas, foi desde cedo utilizado no tratamento de diversas efermidades pelos humanos. Já os egípcios utilizavam ssa planta para tratar problemas do coração, dores de cabeça, tumores e outros males, chegando a inclui-lo entre os bens colocados ao lado dos túmulos dos faraós.

http://comerbemateaos100.blogspot.com/2009/01/as-propriedades-medicinais-do-alho.html

Apesar de indiscutível na medicina, o seu uso e popularidade foram variando. Ao longo dos tempos, e em diferentes períodos, foi usada pelas suas propriedades regenerativa, antigripal, estimulante circulatória, purificadora do sangue, antibiótica, vermífuga e até afrodisíaca. No entanto, foi também utilizado como antídoto contra mordeduras de cobra e no tratamento de mordeduras de cães e ratos, como tratamento de problemas digestivos, para expulsar parasitas intestinais e para bochechar contra dores de dentes.

Na idade média foi usado na Europa Central como remédio contra a surdez e lepra e no século XVII como prevenção da peste bubónica. Durante a II Guerra Mundial, os soldados russos faziam-se acompanhar por dentes de alho que esmagavam nos bordos das feridas, para evitar possíveis infecções.

Os próprios médicos de campanha utilizavam uma pasta de alho para tratar os ferimentos infectados dos soldados, especialmente como protecção contra gangrenas e sepsia. No entanto, esta utilização do alho foi sendo abandonada à medida que se descobriam “drogas milagrosas”, como a penicilina.

Hoje em dia muitas pessoas usam o alho no tratamento de problemas respiratórios, dores de ouvidos, de cabeça e de estômago, congestão, diarreia, disenteria, arteriosclerose, hipertensão, reumatismo, gota, parasitas intestinais, tosse convulsa, úlceras, mordeduras de cobras, como afrodisíaco, tendo, ainda, como efeito último, a promoção da longevidade, retardando o envelhecimento, embora não esteja provado cientificamente que seja eficaz no tratamento de todos os males enunciados.

Mas houve estudos que provaram os benefícios do consumo do alho no decréscimo nos níveis de colesterol e triglicéridos, em pacientes com elevados níveis destes lípidos, o que resultará numa redução dos distúrbios cardiovasculares, nomeadamente, a arteriosclerose, a trombose e o enfarte do miocárdio.

Também o envelhecimento das paredes da aorta parece ser retardado pelo consumo diário de alho, resultado extremamente importante para explicar a sua actuação na redução da pressão sanguínea. Por exemplo, investigadores do Departamento de Medicina do New York Medical College encontraram uma redução de 5,5% na pressão sistólica e uma suave redução na pressão diastólica do sangue, como resposta ao consumo de extractos de alho.

Investigações recentes demonstram que tomado durante a gravidez o alho pode reduzir os riscos de pré-eclampsia (perigoso aumento da pressão sanguínea, que pode colocar em risco a vida da gestante e do feto). Os seus autores concluíram que, apesar desta disfunção ser resultante de uma complexidade de factores, o consumo regular de pastilhas de alho durante a gestação pode diminuir a sua probabilidade.

Os dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais de muitos dos estudos realizados mostram que o alho é uma espantosa fonte de agentes fitoquímicos, em cuja composição deve residir os seus segredos. Das inúmeras análises químicas, os cientistas chegaram à conclusão de que a grande riqueza do alho se encontra especialmente nos seus componentes derivados do enxofre.

Entre eles, o mais importante é, sem dúvida, a alicina, responsável pela maioria das propriedades farmacológicas do bolbo, assim como do seu odor intenso. Na verdade, a alicina só aparece quando o alho é esmagado, cortado ou mastigado, pois nestas situações as células são rompidas e a aliína, o seu percursor inodoro, é degradada pela enzima aliinase.

Quanto às doses de alho que uma pessoa pode consumir, não existe unanimidade de opiniões entre a comunidade científica.

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