terça-feira, 6 de julho de 2010

O passado, presente e futuro da contracepção



Não é de hoje que a humanidade se concentra em maneiras de evitar uma gravidez indesejada. Muitos métodos já foram usados ao longo da história, mas alguns outros, que prometem eficiência infalível, ainda estão em fase de teste e não foram popularizados. Confira agora o passado, o presente e o futuro da contracepção.

1 – BLOCO DE MADEIRA

Você sabe o que é um pessário? É todo e qualquer objeto que as mulheres introduzem na vagina com o objetivo de evitar a gravidez matando os espermas. Existem alguns pessários de uso clínico, feitos de plástico, que executam um procedimento indolor. Mas já se usou um pessário que é simplesmente um bloco de madeira hexagonal que atinge até o cérvix (setor do útero que se une à porção final do útero) para evitar a gravidez.

2 – ESTERCO DE CROCODILO

Esse método, por mais esquisito que pareça, aparentemente dava certo, pois foi usado por longo tempo no Egito Antigo. Introduzido na vagina, o esterco poderia bloquear o colo do útero ou mudar a acidez da vagina e tornar o ambiente hostil para os espermatozoides. Estas receitas são registradas em papiros, preservados até hoje.

3- BEBIDA ALCOÓLICA E TESTÍCULOS DE CASTOR

Perdeu-se no tempo o brilhante inventor dessa mistura, que era bebida por mulheres dos primeiros colonos britânicos que se estabeleceram no Canadá. Para evitar a gravidez, as senhoras bebiam cachaça misturada com pó de testículo seco de castor. Infelizmente para elas (e para a reputação dos tais colonos na história), esse procedimento não funcionava.

4 – ESPONJAS

Não estamos falando dessas esponjas de lavar louça, e sim do animal. A técnica foi desenvolvida por comunidades judaicas antigas, e consistia no seguinte: a mulher que desejava matar espermas na sua vagina, logo após o ato, introduzia na dita cuja uma esponja morta, embebida em vinagre ou suco de limão, amarrada por uma corda que permitia um movimento de vai e vem. Esse método é descrito no Talmude, livro com doutrinas Judaicas.

5 – CAMISINHAS

Quando você vê na farmácia esses modernos preservativos de látex, deve ficar se perguntando qual foi o gênio do final do século XX que teve essa ideia. Ledo engano. Há registros de fabricação de camisinhas desde 1600, na Inglaterra, e outros ainda mais distantes que remontam ao Egito Antigo. Claro que era um preservativo muito distante do atual, e os materiais de fabricação já foram coisas como linho ou tripas de animais.

6 – PÍLULA DE “LONGEVIDADE”

Até agora falamos em métodos para evitar a gravidez. Mas cientistas estão desenvolvendo uma pílula que deve aumentar o período fértil das mulheres e prorrogar a menopausa por décadas. A pílula pretende conservar mais óvulos vivos a cada menstruação, já que, como você deve ter aprendido nas aulas de biologia, um ovário produz dezenas de óvulos por mês, mas apenas um se desenvolve, os outros simplesmente morrem. A ideia é evitar que estes morram.

7 – ADJUDIN

Um medicamento em desenvolvimento quer atacar a gravidez indesejada pelo outro lado da moeda: os homens. Enquanto a maioria dos métodos contraceptivos busca maneiras de matar os espermatozoides, ou impedi-los de chegar no óvulo quando já estão na mulher, o Adjudin é uma pílula que os homens devem tomar antes da relação sexual para tornar seus espermas inférteis, eliminando qualquer risco de fecundação. Portanto, não esqueça: quando essa novidade sair no mercado (algo que, segundo cientistas, infelizmente ainda vai levar uns dez anos para acontecer), compre uma pílula e dê uma “Adjudinha” para sua parceira evitar a gravidez indesejada.

8 – FTALATO

Depois que estiver pronunciando “ftalato” perfeitamente, pense nele com cuidado. Ele é um composto químico que confere flexibilidade ao plástico, e é usado em muitas coisas, desde embalagens de shampoo até brinquedos para crianças. É uma substância nociva, que pode dar problemas no fígado, rins, pulmão e nas glândulas. É também perigoso ao sistema reprodutor masculino, mas esses danos podem ser uma vantagem: o ftalato pode baixar os níveis de testosterona no homem, e por consequência, diminuir o número de espermatozoides.

9 – “VASECTOMIA REVERSÍVEL”

O nome do procedimento é Inibição Reversível do Esperma sob Orientação (RISUG, na sigla em inglês). Basicamente, o que ele faz é tornar os espermas inférteis de maneira não definitava, por cerca de dez anos. Funciona da seguinte forma: um composto químico é injetado no vaso deferente do homem (“reta final” dos espermatozoides antes de serem expelidos na ejaculação), e tem a ação de danificar os espermatozoides assim que passam pelo vaso, tornando-os incapazes de fecundar. A medida parece não ter nenhum efeito colateral, mas infelizmente ainda está em fase de testes.

10 – PÍLULA DO “ORGASMO SECO”

Existem medicamentos, conhecidos desde os anos 50 (quando eram receitados para pressão alta e esquizofrenia), que tornam o homem estéril. Isso acontece porque esses remédios têm a capacidade de fazer o homem atingir o orgasmo sem ejacular. É isso mesmo: os medicamentos “congelam” momentaneamente o esperma masculino, fazendo com que o homem atinja o clímax sem nenhum risco de gravidez indesejada para sua parceira. [Live Science]

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