O instituto fundado por um dos pesquisadores do Genoma Humano, Craig Venter, criou um organismo com DNA sintético no último dia
Os cientistas podem “separar” as funções que ocorrem dentro de uma célula natural, podendo estudá-la melhor e desvendar mistérios ainda não solucionados na genética. Estes mistérios não solucionados são um empecilho, por exemplo, no combate ao câncer, que é puramente celular, mas ainda há muito de desconhecido em torno dele. Ainda no campo das doenças, a célula permitirá “esclarecer” a causa de algumas. A origem de certos problemas de saúde é difícil de detectar porque vários processos acontecem na célula ao mesmo tempo, cruzando-se. Mais uma vez, a possibilidade de analisar cada coisa em separado é uma vantagem da célula sintética.
Além disso, as células sintéticas podem recriar os organismos vivos que têm os genes de organismos já extintos, até mesmo dos primeiros seres que habitaram o planeta. Isso pode abrir portas para compreender aspectos sobre o surgimento da vida na Terra, que também são um mistério.
Embora ainda seja um projeto para o futuro, os cientistas também esperam que seja possível dar à luz organismos já extintos com as células. Reconstruindo o genoma das espécies que não existem mais, seria possível criar vida a partir de fósseis. As primeiras pesquisas nesse sentido já começaram.
E com o desenvolvimento nessa área, mais uma questão pode deixar de ficar apenas na teoria: a evolução. Os pesquisadores querem criar uma célula com o mínimo de genes necessários para se viver. Essa célula, acredita-se, pertenceu à primeira bactéria do planeta. Com isso, seria possível simular a evolução das espécies ao longo de milhões de anos. A célula sintética pode permitir aos cientistas montar uma linha do tempo da Terra, ao vivo e a cores. [Live Science]
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