sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ser malvado nos relacionamentos é bom para a sobrevivência


Não há nada melhor do que se sentir feliz e seguro em um relacionamento amoroso, certo? Errado. Durante tempos difíceis, ter parceiros emocionalmente inseguros pode ser bom para nos alertar sobre possíveis perigos. Quando encontram problemas conjugais, as pessoas reagem de forma diferente dependendo se elas consideram o mundo um lugar seguro ou não. Essa mesma reação acontece com as demais ameaças da vida.

Segundo a pesquisa, publicada no jornal “Perspectives on Psychological Science”, o processo de evolução do ser humano fez com que fossem formados grupos mistos de pessoas seguras e inseguras. Esses grupos mesclados teriam (e ainda têm) mais chances de sobreviver do que exclusivos de cada tipo de pessoa.

Pessoas bem-sucedidas no amor possuem o chamado estilo de apego seguro. Eles veem o mundo de forma otimista e não deixam que pensamentos negativos atrapalhem sua vida. Até aí tudo bem, maravilha. O problema é que, diante de uma adversidade, eles tendem a agir dessa forma mais despreocupada também. “Pessoas seguras demoram mais para reagir aos perigos porque elas têm que se organizar antes”, diz o psicólogo Tsachi Ein-Dor, da Nova Escola de Psicologia de Herzliya, em Israel.

Por outro lado, temos as pessoas inseguras. Sua vida amorosa pode não ser lá muito sólida, mas, em situações inesperadas que exigem raciocínio rápido, elas se dão bem. “O comportamento de apego é uma adaptação de sobrevivência”, diz Ein-Dor. Por não conseguirem sobreviver por conta própria, as crianças têm de se unir aos seus pais. Se uma criança chora e é acalmada pela sua mãe, ela descobre que ele pode confiar nos outros para receber amor e apoio. Já aqueles cujos pais não têm tempo ou energia para lhe dar atenção aprendem na marra que têm de cuidar de si mesmas.

Para testar sua ideia de que grupos mistos beneficiaria sobrevivência, Ein-Dor e seus colegas colocaram grupos de três alunos em salas com uma máquinas de fumaça escondidas, que foram ligadas para simular um incêndio. Os grupos que mais rapidamente perceberam a fumaça eram aqueles que continham mais indivíduos de apego inseguro. Esses grupos também foram os primeiros a agir diante da ameaça e fugir da sala supostamente em chamas. [Live Science]

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