Videogames e sonhos, ambos representam realidades paralelas. Mas como ambos exercem um efeito sobre a mente da pessoa, podem interferir um no outro, principalmente se a pessoa joga videogame antes de dormir. É o que revela um estudo de pesquisadores da Universidade Grant MacEwan, no Canadá.
A ideia do estudo surgiu no início dos anos 90, quando uma das pesquisadoras passou a observar seu filho jogando games antes de dormir e percebendo, através de relatos ao longo do tempo, que ele costumava ter sonhos lúcidos. Nesse caso, sonho lúcido significa que a pessoa tem consciência de que está apenas sonhando.
A partir daí, a pesquisadora passou a tentar relacionar as duas coisas. Observando outros jogadores de videogame comparados a pessoas que não jogavam, ela percebeu que os “gamers”, em geral, tinham maior controle sobre o sonho, se lembravam bem de detalhes que haviam sonhado e sabiam que não se tratava da realidade.
Isso sugere, segundo a pesquisadora, uma espécie de condicionamento psicológico. Quando a pessoa passa horas em um jogo, podendo controlar perfeitamente uma realidade que não é a sua, seu cérebro se acostuma a fazer isso. Também foi descoberto que os jogadores de videogame passem frequentemente “da primeira para a terceira pessoa no sonho”, tendo sua própria visão do ambiente, e depois vendo si mesmos a partir da visão de um observador.
Outro estudo formulou a teoria de que o videogame faz com que o jogador sofra menos em um pesadelo, já que a situação crítica daquele mundo irreal é observada, de forma semelhante, nos jogos. Além disso, crianças que costumam jogar têm menos medo dos pesadelos. Neste caso, aparece o único ponto negativo dos games: uma relativa agressividade do jogador. Por estar psicologicamente em um postura agressiva, devido ao jogo, a criança não se sente intimidada com a situação que um pesadelo proporciona na sua mente. [Live Science]
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