Os ratos de laboratório têm dado contribuições notórias à ciência. Desta vez, foram os doutores do Instituto de Ciências Médicas Básicas de Taiwan (sim, a “China capitalista”) que os usaram para fazer avanços na luta contra o câncer. Eles descobriram porque os homens são muito mais vulneráveis que as mulheres a um tipo de câncer em especial: o de fígado.
Os testes indicaram que a presença de androgênio (um tipo de hormônio exclusivo em homens) é um grande fator de risco para desenvolver esse câncer. Isso acontece porque o vírus da Hepatite B (uma doença do fígado), que é a maior causa de câncer messe órgão, tende a se afixar aos receptores de androgênio, ou seja, os homens têm muito mais chance de pegar. Existem seis tipos principais de androgênios no corpo masculino, sendo que o mias conhecido é a testosterona.
Cerca de metade dos casos de câncer de fígado no mundo são originados pela Hepatite B. Essa “interação” entre o vírus da hepatite e o androgênio é genética, o DNA do vírus é que tende a se combinar com os receptores do androgênio. Por isso, o vilão da história não é propriamente o androgênio, e sim seus receptores (os receptores são proteínas nucleicas que regulas as funções dos hormônios andrógenos nos homens).
Sabendo disso, os pesquisadores modificaram o DNA de alguns ratos para serem carentes de androgênio e outros não. Aí, infectaram todos com o vírus da Hepatite B para comparar. Depois de 22 semanas, 90% dos ratos “andrógenos” tinha desenvolvido o tumor no fígado, contra 27% dos que ficaram sem os receptores do hormônio.
Assim, um possível tratamento para evitar o câncer de fígado seria neutralizar os receptores, e não o androgênio
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