Há um mito que corre por aí que diz que, talvez, o câncer de mama deva estar na lista de doenças ocupacionais. É possível que o ciclo natural do corpo seja alterado pela quantidade de luz que o organismo recebe – isso afetaria a produção normal de hormônios (principalmente o estrogênio). O excesso ou a falta desses hormônios está conectada com o desenvolvimento de câncer nos seios.
O câncer de mama é o câncer mais comum entre as mulheres. Apenas um país (a Dinamarca) compensa mulheres que trabalham no contra-turno e que desenvolvem a doença.
Um estudo feito na China mostrou, no entanto, que não há ligação entre a doença e o trabalho em turnos noturnos. Os pesquisadores não encontraram associação nem trabalhadoras que exerciam a profissão de noite por 25 anos ou mais.
Os cientistas analisaram mais de 70 mil mulheres de Xangai, procurando uma relação entre seu horário de trabalho e um possível câncer. Durante uma década eles coletaram dados das mesmas mulheres e, nesse tempo, não houve casos suficientes de câncer de mamarelacionados com o turno noturno para provar a hipótese.
Mas não dá para tirarmos conclusões apressadas. O estudo incluiu apenas mulheres orientais (e o ambiente e a genética têm papéis muito significativos no desenvolvimento de câncer) e que estavam saudáveis no início das pesquisas – ou seja, não englobou todas as condições para provar que o câncer de mama não tem nada a ver com trabalho noturno. [Reuters]
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