Os neurônios são a base de toda a estrutura de processamento de informações e procedimentos do cérebro. São cerca de 100 bilhões em cerca de 1,4 quilo de massa orgânica. De suas conexões depende a percepção do mundo, o aprendizado, o desenvolvimento das paixões, a raiva e o altruísmo.
Fonte: http://www.estado.estadao.com.br/
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Uma vez estimulado, um neurônio repassa a informação a outro neurônio por meio de um processo eletroquímico. Os sinais elétricos se propagam como ondas pelos axônios, algo como longos tentáculos do neurônio. Esses impulsos são transformados em sinais químicos nas sinapses, o ponto de contato entre neurônios.
Quando em descanso, a membrana externa do neurônio é mais permeável aos íons de potássio que aos íons de sódio. No momento em que a célula é estimulada, entretanto, a permeabilidade ao sódio aumenta, determinando um influxo de cargas positivas. Esse evento desencadeia um impulso, iniciado na junção entre o corpo da célula e o axônio.
Quando o impulso encontra o terminal pré-sináptico, provoca a liberação de moléculas neurotransmissoras. Esses transmissores se espalham por uma pequena fenda, de um milhonésimo de polegada, e se engatam aos receptores da membrana pós-sináptica. Os engates permitem a abertura de canais iônicos e, em seguida, a geração de impulsos no neurônio pós-sináptico.
A diversidade nos mecanismos de neurotransmissão permite ao cérebro atender a várias demandas. Algumas ações requerem rápidas respostas, como pisar com o pé no freio, desviar a bola para o gol ou tirar a mão de uma chapa quente. Para processar e enviar a informação necessária, existem grandes fibras nervosas que conduzem os impulsos a cerca de 100 metros por segundo. Outras atividades, como algumas ligadas ao aprendizado, carregam a informação mais lentamente, a 20 ou 30 metros por segundo.
A transferência de informação entre as sinapses é um processo complexo e cheio de diversidades. Nem todos os sinais repassados de neurônio a neurônio têm como mensagem a estimulação. Em alguns casos, o neurotransmissor liberado tem justamente a missão de "tranquilizar" e inibir a célula vizinha. Sem esse efeito modulador, o cérebro entraria em colapso. A estimulação simultânea e desordenada de células resulta em manifestações desastrosas, como as crises epiléticas.
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