É senso comum que o colesterol em excesso aumenta o risco de ataque cardíaco. Também não é segredo que o colesterol pode levar à aterosclerose, doença em que se formam placas dentro dos vasos sanguíneos, comprometendo a passagem do sangue. Mas o que ainda é debatido é o motivo. Afinal, porque o colesterol prejudica a circulação?
De acordo com um estudo recente de cientistas alemães, a causa está nos cristais de colesterol. A pesquisa, divulgada no final de abril, explica o funcionamento: quando há excesso de colesterol na alimentação, parte dos cristais se fixa nas paredes dos vasos sanguíneos rapidamente.
Quando isso acontece, o sistema imunológico é ativado, com a migração de células defensivas para os locais onde o colesterol se deposita. Com o acúmulo proveniente de uma nutrição equivocada, mais e mais colesterol vai se acumulando nos vasos, e com isso, mais células são chamadas. Essa “batalha”, que acontece junto à parede da artéria, acaba por desestabilizá-la, e o desfecho disso é geralmente fatal.
A reação do sistema imunológico, às vezes, pode ser forte demais, o suficiente para prejudicar também o tecido em que se encontra o problema.
Em um sistema semelhante ao ataque a cristais de colesterol, doenças pulmonares podem ser agravadas no momento em que o corpo se defende. Em uma delas, o “pulmão negro”, o sistema imunológico combate cristais de silício e amianto que são inalados, naturalmente por trabalhadores de minas. Uma reação inflamatória é causada nesta situação.
Também são cristais de substâncias os culpados pela contração de gota. Neste caso, porém, não se trata de cristais de colesterol, e sim de ácido úrico, que é resultante da digestão. A gota acontece quando os cristais úricos se depositam nos tecidos e articulações, provocando inflamações doloridas. A causa, no entanto, é geralmente a mesma: uma dieta pouco saudável.
Os estudos ainda estão
Mas ainda há muito que fazer. Segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde, 17 milhões de pessoas por ano morrem por conta de doenças cardiovasculares, o que representa um quarto dos óbitos no planeta.[Science Daily]
O problema é a oxidação dos lípidos, e não propriamente as suas quantidades. Se os níveis de colesterol fossem determinantes para a doença cardiovascular, então as estatinas, muito eficazes na redução do LDL, teriam um efeito muito relevante anti-aterosclerose. Mas isso não acontece, apenas reduzem muito vestigiariamente o risco de infartos - http://www.canibaisereis.com/2010/06/02/colesterol-estudos-com-estatinas-nao-reduzem-mortalidade/
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